QUANDO A VELHICE CHEGA
Autor: Zé Saldanha
Como é triste na vida
Vê a velhice chegando;
As sobrancelhas crescendo,
O cabelo esbranquiçando,
Sentir a vista encurtar
E as pernas entrambicando.
Sentir preguiça de andar
E o corpo esmorecendo;
As carnes vão se sumindo
E as veias aparecendo,
Sentir os nervos entrevados
E as carnes amolecendo.
Ficando tudo difícil
Até para se sentar;
Ainda muito pior
É para se levantar,
Para dormi é ruim
É ruim para acordar.
O homem é predestinado
Na vida para lutar;
Todo pesado da vida
O homem tem que enfrentar!
Faz pena o homem nascer,
Ficar velho e se acabar!
O homem enquanto moço
É Rei dos animais!
Quase tudo nessa vida
Que o homem deseja faz;
Mais quando a velhice chega
Bota o caboclo pra traz.
Se analisando o homem:
É um ser martirizado;
O homem é dono da luta
É quem pega o fardo pesado;
O homem nasce chorando
E tem que morrer cansado.
Data da prudução: julho de 2006
AUTOR: José Saldanha M. Sobrinho ( Zé Saldanha) – nascido em 1918, é atualmente o Cordelista mais velho do Rio Grande do Norte, em Plena Atividade.
ENDEREÇO: Recanto do Poeta ( zesaldanha@hotmail.com )
Rua Irineu Jóffili, 3610, esquina com Rua Piató -Candelária -Natal(RN)
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