Línguagi naturá

Os meus comentáro na página da cumade Hull

É pur isso qui opitei

A escrevê a riviria

Pras reforma nun liguei

Nun vô istragá o meu dia

De quarqué jeitio vô iscreveno

Todo mundo vai intedeno

É questão de sabedoria!

Pra quem intende

Um pingo é letra dotô

No mundo tudo se aprende

No oriente ou adonde fô

Eu nun vô tirá o trema

Nun posso mudá o isquema

Da lingüiça cum sabô.

Bebo pra carai

Tô perriado, oxente!

Cabra da peste, uai

Nóis ta é no presente

As linguagi vai mudano

Mais nóis num vai ligano

E toquemo a vida pra fente!

A lingua brazilêra de fato

Eu vô falá duma vêiz

É a que tem xêro de mato

E qui detesta o burguêiz

Quem fala, fala de coração

É a língua do nosso xão

É a lingua caipirêiz.

Na vida nóis vivemo

E cumemo cum aligria

Cumemo o qui plantemo

Nun cumemo ortografia

É pur iço qui nun min istréço

Nessas língua do pogréço

Qui é trocado todo os dia.

O bom da vida é ocê surrí

Mostrá os dente cum amô

É ocê saí pur aí

Surrino pra vida dotô

Eça é a linguagi universá

Qui nun preciza istudá

É dom de quem nunca istudô.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2833017
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