CORDEL DO TELEFONE

Tu que tens tempo de conhecer

Uma história diferente daquela

Que muita gente pensa em ler

Eu sou o Cabeção que, por letras

de Cordel, encontrou o jeito de

esclarecer o seu primeiro parecer

Eu não sou poeta e não tenho

a pretensão de ser, sequer sou

nordestino, sertanejo ou de lei

Mas é da modernidade que eu falo

Pelas rimas do cordão, um fio tal

qual do telefone amarra o coração

No dia passado de ontem eu me

fiz esquecer de ligar para o

meu amor antes dele se deitar

Resfriado eu me encontrava,

todo danado com o fardo do

dia pesado, o fio se fez romper

Hoje quisera eu no tempo voltar

para desejar a Teimosia uma

boa noite antes da badalada tocar

Porém não posso no tempo como

no computador apertar Crtl + Z

Para a minha pobre falha sanar

Restam-me apenas os versos deste

Cordel pé-quebrado para acalmar o

meu amor e pedir para ele me perdoar

O pedido já foi feito e sabendo

que eu sou o seu eleito, um namorado

quase perfeito, ele poderá ser aceito

Despeço-me com humildade, muito

arrependido, e prometo que a toda

noite seu ouvido o telefone irá tocar!

Mas tenho a certeza de que os meus

versos sem métrica, marcaram muito

mais do que qualquer tilintar...

Zanarde
Enviado por Zanarde em 04/03/2011
Reeditado em 04/10/2012
Código do texto: T2828836
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