NA PORTA DO CU DO DONO I

Outrora foi bem valente.

Furava pé de barriga.

Hoje parece lombriga,

Vive deitado e dolente

E não está mais contente.

Vida não está curtindo,

Com força diminuindo.

Pijama e não quimono

Pois o pau vive dormindo

Na porta do cu do dono.

Com surgimento do viagra

Já há uma sobrevida

E aquela pomba esquecida

Agora já se consagra

Pra não ser uma bisagra

Pode voltar a ter trono

E ter novamente alegria

Achar outra moradia

Pro pau não viver dormindo

Na porta do cu do dono.

MOTE: MACIEL MELO E ZÉ MARCOLINO

GLOSA: HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, MAIO/2010