REVOADA DA NOITE

Sou pássaro que voa

Não tenho onde posar

O meu ninho faz

Aqui em qualquer lugar

Sou uma garça triste

Que na eternidade jaz

Andarilho lá me vou

Na estrada a andar

A solidão da noite

É companheira, lá estar

Na calada armo a foice

Para um beijo roubar

Querendo degolar

Sanguinária tenho cede

Quem a cede pode matar

Uma noite sombria

Bem distante desse lugar

Passo a vida colhendo

Os rancores a amargar

Triste de quem tem

Uma sina para aquentar

As afrontes que fazem

E ainda de ruim não passar

Destino cruel e insano

Até quando vai durar

GRAÇA VIEIRA
Enviado por GRAÇA VIEIRA em 14/02/2011
Código do texto: T2792230