Maliça, é só maliça!
Airam Ribeiro
Os qui sairo tem sôdade
Do congresso nacioná
Os qui intráro a vaidade
De podê istar pur lá
Argum inda cuntinua
Pois axô os voto nas rua
De quem num soube votá.
E as piada ta qui rola
Cum Tiririca senadô
Romário o bom de bola
No congresso já xegô
Vinte e sete mil vos espéra
Eu digo procêis é divéra
A aligria no rosto istampô.
Foi no tapete vremêi
Qui ali eles intráro
Nos primero ato num sei
Pruquê ni Sarnei votáro
Ele sabe onde as cabra máia
As farcatrua cum ele nun fáia
Pruquê de novo eles botáro?
Maliça, é só maliça!
Um novo num pudia intrá
É iguá urubu na carniça
Corre muitio diêro pur lá!
Eu fico aqui é rezano
Para os novo num ir intrano
No isquema nacioná!
Ocêis pode aí anotá
De borço xêi vão saí
É a curtura nacioná
E a propina corre ali
Se corrê o bixo pega
Se ficá o bixo esfrega
Nóis num temo pra onde ir.
Deus qui é Onipotente
Pra os votante vai oiá
Nóis vai vencê minha gente
Pode ni Deus cunfiá
Pur lá as coisa ta braba
Um dia esses rôbo acaba
É só nois aprendê votá.
Mais meus amigo do sexteto
Nun vamo ficá triste não
Já ta formado o coreto
Vamo vê as suas canção
Olhai os liro dos campo
Vamo guentá o trampo
Pro bem de nossa nação.
Bota a boca no trombone
Ni quarqué errin qui axá
De grito ou de mecrofone
Num pudemo é cunfiá
Gato iscardado discunfia
Quando vê a água fria
E vamo vê no qui vai dá!