EM ANO DE ELEIÇÃO, TUDO PARECE PERFEITO
Outra vez vamos votar,
Alguns, cheios d’esperança,
Que haja uma mudança,
A ponto de melhorar
Esse quadro, de desolar.
Devia ser um direito,
Vereador e prefeito,
Escolher, com isenção;
Em ano de eleição,
Tudo parece perfeito.
Cada pobre município,
Exercendo o sufrágio,
Vai confirmar o adágio,
Que retrata um princípio:
Vença João ou Alípio,
A coisa não toma jeito,
O que é bom já nasce feito,
Nada muda muito, não.
Em ano de eleição,
Tudo parece perfeito.
Toda essa confusão
Tem o mais real motivo:
Levado pelo incentivo
De uma reeleição,
Pinta-se situação
Em que se fica sujeito
A crer que tudo foi feito
De forma a que o cidadão
Lograsse satisfação.
Em ano de eleição,
Tudo parece perfeito.