MESMO QUE A SENHORA DILMA QUEIRA, NÃO SERÁ DO PAÍS SUA PRESIDENTA.
Às leis todos devem obediência.
Jamais dela alguém está acima.
E que delas ninguém jamais se exima.
Pra mostrar verdadeira ascendência.
Toda sua força e toda prepotência.
Porque das leis ninguém nunca se isenta
Nossa língua não tem qualquer ementa
E que se deixe de falar besteira.
Mesmo que a senhora Dilma queira,
Não será do país sua “presidenta”.
À Gramática deve-se respeito.
Deturpá-la não se pode fazer.
Não importa quem seja: A ou Z.
Mesmo que não se goste do seu jeito
Porque esse conjunto de preceito
Serve de guia e ele nos orienta
E sem ele haveria uma tormenta.
“Presidenta”! Uma gafe bem grosseira.
Mesmo que a senhora Dilma queira,
Não será do país sua “presidenta”.
Por seus atos ninguém no Brasil pensa
Trocar letra traz muita conseqüência
Porém, não é por falta de advertência
Estudar já não mais aqui compensa
Da Gramática regra se dispensa.
Haverá, no Brasil, logo “estudanta”
As empresas terão “representanta”
Ficará língua sem eira nem beira.
Mesmo que a senhora Dilma queira,
Não será do país sua “presidenta”.
Novo acordo ortográfico não previa,
E com língua ninguém pode brincar,
Depois o povo é quem vai pagar,
Com o idioma fazer essa orgia.
Presidente zelar por ela devia.
Nós teremos agora até “geranta”.
Amanhã haverá também a clienta.
Só espero que seja passageira
Mesmo que a senhora Dilma queira,
Não será do país sua “presidenta”.
HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA, JANEIRO/2011