04 - Nun sei donde saiu tanta bixa!
Airam Ribeiro
O cauzo do seu Betão
Virô mania nacioná
In todo canto da nação
As nutiça foi pará
E cuma xegô eu nun sei
Mais um ôinbus xêin de gêy
Xegava naquele lugá.
Na cidade foi xegado
Sem distino eu nun sei
Um ôinbus todo lotado
Vindo do Oitão Vremêi
Ôinbus de turismo inté
Qui nun tinha niuma muié
Xegô lotado de gêy.
Pro cemitéro foi direto
Qui quando na porta parô
Qui viro o trem de concreto
Mininos, foi aquele horrô!!
Muitas bixa dismaiáro
U’as inté dismunhecáro
E foi aquele trobofô.
Tinha eles o mesmo fim
Naquela algazarra sessão
Aqui te esplico sim
Todo o rebuliço em questão
Algumas bixa dismaiô
Quando na estátua pegô
Foi aquela confusão!
E suas mão se alisava
Ali na fria curnixa
E a fila cuntinuava
Nun sei onde saiu tanta bixa
Pensando inté em gravidá
As foto danava a tirá
Para pô nas suas fixa.
A noitinha o ôinbus saiu
Cum distino a Oitão Vremêi
Tanta filicidade sintiu
Aqueles montão de géy
Levando as fotografia
Para tê suas aligria,
Se ingravidô eu nun sei.