O cabra nem entrô e já ta pensano nas ação! Tamo é lascado

O CORDEL TA AI IMBÁXO VISSE!

Escuta da Polícia Federal flagra ministeriável do PMDB

PUBLICIDADE DE SÃO PAULO 19/12/2010

O futuro ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB-MA), foi flagrado em escutas da Polícia Federal pedindo ao empresário Fernando Sarney que beneficiasse um aliado na Justiça Eleitoral, informa a reportagem de Fernanda Odilla, enviada especial a São Luís (MA,) publicada na edição deste domingo da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Fernando é investigado há três anos pela PF. As conversas interceptadas pela polícia mostram que ele foi procurado pelo futuro ministro por manter uma relação próxima com a tia, a desembargadora Nelma Sarney, à época corregedora do Tribunal Eleitoral do Maranhão.

Indicado ao Ministério do Turismo pela bancada do PMDB da Câmara, Novais, que diz não se recordar das conversas gravadas pela polícia, é alinhado politicamente aos Sarney no Maranhão.

Airam Ribeiro

Ê seu Pedro Novais

Ocê se aliô quéça gente?

O sinhô ta quereno mais

Segue sua vida contente

Já é ministro do turismo

Dexe de tanto cinismo

E trabalhe onestamente!

Valei-me Nosso Sinhô

De tanta currupição

Inda bem este num entrô

Já ta pensando nas ação

No seu futuca futuca

Já qué armá a arapuca

Pra iscuiambá cum a nação.

Parece qui aquele lugá

Deve de ta cuntaminado

Lave cum soda castica lá

Aquela crama e o senado

E tomém os ministéro

Qui fede a necrotéro

Lá ta tudo infequitado!

Ta saino uma rataiada

Qui injuaro de tanto ruê

E já na porta da xegada

Já tem um pra corrumpê

Quando é quiço vai acabá?

Meus borço nun vai guentá

Os borço deles inxê.

É imposto e mais imposto

E vai botano imposto nisso

Diplomaro e já ta composto

E já vai sem cumpromisso!

O negóço é metê a mão

Pois cá fora tem nóis bobão

Qui gosta muitio de pagá isso.

Inté qui a puliça federá

Ta fazeno seu papé!

O pobrema é o xefe lá

Qui muda o parangolé

CPIs fizéro mais de trinta e trêis

Cêis viro arguém no xadrez?

Pois é! Pois è! Pois é!

Agora o Zé de Tainha

Ta cum dez ano na detenção

Só pruque robô u’a galinha

No pulêro de seu Betão

E inté o fio de Zé Fiel

Sò pruquê nun pagô o pastel

Já ta cum ano na prizão.

É, mais vai tê gente nova vino aí

Ocês vão prestá tenção

Zé Diceu inda vai ta ali

Agino pur trais do barcão!

Eles são povo ladino

Ocêis vão vê inté o Genuíno

E os outros do mensalão.

Tô cum u’a raiva qui ta min rueno

Pois nunca gostei de ladrão

Meu pai minsinô derna piqueno

Nunca fazê isso não

Cumí o pão qui o diabo massô

Mais nunca roubei nun sinhô

Isso eu juro de coração.

Tanta coisa nun percizamo

Pois nosso finá é a morte

Pruquê eles fica robano

Se a morte é bem mais forte?

São uns fio de lucifé

Quanto mais roba mais qué

Nem qui corte seus cangote.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 19/12/2010
Reeditado em 20/12/2010
Código do texto: T2680951
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