BRINCADEIRAS DE INFÂNCIA

Certo dia eu me sentei

Numa cadeira na calçada

E fiquei olhando pra rua

Vendo aquela criançada

Que brincavam por ali

Todas bem animadas

E eu fiquei olhando

A brincadeira das crianças

E comecei a me lembrar

Do meu tempo de infância

Foi uns tempo muito bom

Que eu tenho na lembrança

As crianças de hoje em dia

Não brincam como antigamente

As brincadeiras de hoje

Estão muito diferentes

Das que tinha no passado

Que hoje já não são presentes

Eram brincadeiras como

Boneca, carrinho, pião,

Tica-tica, esconde-esconde,

Burrinha, borracha mamão

E os meninos jogando bola

No terreiro de seu João

A gente empinava pipa,

Brincava de barra-bandeira,

Jogava bila no terreiro,

Andava com uma roladeira

E os carros de lata de óleo

Que vendia la na feira.

Eu brincava com o ioiô

Também de cabra-cega

Tinha os carrinhos de rolimã

E o clássico pega-pega

E o sonho de possuir

Aquela velha bicicleta

Um pau agente pegava

E um pedaço de cordão

Fazia o cavalo de pau

E brincava de montão

O cavalo de pau em baixo

E uma chibata na mão

Eu brinquei de amarelinha

E de elástico pulava

Juntos com as meninas

A casinha inventava

Era isso e mais um pouco

Ate de médico Brincava

Tinha aquele clássico

Que era “ tô no poço”

Perguntava água por onde

Respondia pelo pescoço

Pra ver se ganhava

Um beijo bem gostoso

A gente brincava de cuscuz

Um morro de areia com palito

Juntava as notas de cigarros

Pra tocar com os amigos

Fazia uma bola de meia

Pra começar o rebuliço

Eu me recordo das cartinhas

Que no bafo apostava

E aquele velho roubo

Que suor na testa limpava

Enganando os besta

Pra mão ficar melada

Quando eu me lembro

De toda aquela animação

Do telefone sem fio,

De passar o anel na mão

E o pezinho da rua

Eram a nossa diversão

Um balanço de pinel,

Queimada, 7 pecados,

Capitão e a Peteca

Brincadeiras do passado

Do meu tempo de infância

Em meu coração estão guardados

Quando eu era criança

Minhas brincadeiras inventava

Pegava uma baladeira

E calango eu matava

Assim ate parecia

Que o tempo não passava

Eu lembro muito bem

De quando chovia

Todos tomavam banho

E era aquela alegria

Todos com a língua pra fora

Pra ver se água caia

Eu também me lembro

Quando corria pra ver

Quando o avião passava

Podia ter o que fazer

Carreira no meio da casa

Pra o avião não perder

Mas isso foi em um tempo

Que não volta mais

Essas nossas Brincadeiras

Estão ficando pra traz

Nosso passado divertido

Agora pra vocês tanto faz

Mas aos poucos estamos

Deixando à esquecer

Nossas pequenas raízes

Que não voltam a acontecer

A gente ainda moleque

Brincando pra valer

Mas hoje é bem diferente

Com toda a modernidade

Não querem saber mais

Das brincadeiras de verdade

Só internet e vídeo game

Tudo só na comodidade

Mas eu sei de uma coisa

Eu já falei e vou repetir

Minhas origens não nego

E nem adiante insistir

O que eu tenho na lembrança

São as brincadeiras de infância

Um tempo que não me esqueci

Leidson Macedo Felix

Capitão Jack
Enviado por Capitão Jack em 15/12/2010
Reeditado em 14/09/2014
Código do texto: T2672952
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