Prometo-te

Quando a lágrima pungente

Se esvaiu dos olhos meus

E meu peito dolorido

Pediu forças para Deus,

Recebi muitos carinhos

E os muxoxos ternos teus.

Nunca mais eu me esqueci...

Na memória está perene

Como o sol que brilha tanto

Pra te iluminar, Irene,

Mas agora tu partiste

E não há quem te condene.

Como posso condenar-te

Se eu também não sou um santo?

Mas, prometo no silêncio

Te afagar em nosso canto

Com o amor que trago aqui,

Com meus versos, com meu pranto...

Tu que me conheces bem...

Eu não sou de prometer!

Mas aqui com esta pena,

Com o pranto do meu ser

Te prometo à vida toda

Que jamais vou te esquecer!

Eu jamais me esquecerei

Que no átimo de dor

Tu vieste companheira

Mesmo eu sendo um malfeitor

E me deste o teu carinho,

Paciência e muito amor.

Muitos me chamam de louco

Por fazer promessa assim...

No passado também fiz

Mesmo sendo ruim pra mim

E revelo para todos:

Vou cumpri-la até o fim!

Mesmo que eu sinta aflição,

Me entristeça vez em quando,

Que me perca em outros lábios,

Que o viver não seja brando

Eu prometo para ti:

Vou estar sempre pensando!

Porque tudo nesta vida

É reflexo do passado

E por mais que eu finja um riso

Vou estar sempre assombrado

Pelo que doeu no peito

E me fez ser desdenhado;

Mas não hei de me esquecer,

E dou graças para Deus,

Por me dar um tempo bom

Tão distantes dos leneus,

Onde eu tive riso, amor

E os carinhos ternos teus.

30/11/2010 22h22

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 05/12/2010
Reeditado em 09/12/2010
Código do texto: T2655400
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