O BODE DE CHAPINHA
Tramontino nasceu bode
Com trauma por ser chifrudo
Grande barba, sem bigode,
Porém muito cabeludo.
Na franja usa chapinha
A crina também lisinha
Macia como veludo.
Morador lá na Suiça
Sobre montanhas nevadas
Nunca demonstrou preguiça
Quando fez suas escaladas.
Entre cabras e camurças
Sobre abismos se debruça
Foi o rei das marruadas.
Mais depois que conheceu
Lá num salão de beleza
Alguém que o convenceu
A mudar sua natureza.
Resolveu fazer chapinha
Para alisar a franjinha
Pondo em dúvida sua macheza.
Tramontino é bode sério
Que usa botas de cetim
Eu conheço seu mistério
O cabra é “drag Queen” .
Ele é todo perfumado
Vive sempre bem pintado
Cheirando flor no jardim.
Maninha, to aqui morrêno de pena
do bode Tramontino.
Mas que ele queimou o filme....
Ah... Isso queimou!
Vim trazer uns versinhos pra ele.
Rrsrsrsrssrs
Beijos
(Milla)
Conheci o Tramontino
lá no salão de beleza
deixou de ser bom menino
contrariando a natureza.
Fez escova e chapinha
também as unhas do pé
por ouvir sua madrinha
a gorda - dona Zezé.
Tramontino entrou no clima
quis realçar su’a beleza
ficou com tudo em cima
mas perdeu sua macheza.
Saiu de lá rebolando
como uma miss bem faceira
chamou o povo, berrando,
para ver a brincadeira!
Até hoje quando anda,
Tramontino se requebra
tenta ser duro – desanda
a bicharada – celebra!
Quis namorar a cabrita
mais bonita do pedaço
mas ela, cheia de fita,
não deu mole pro cachaço.
Agora ele vai voltar
lá pros alpes da Suíça
não pensa em se cuidar
mas se encostar na preguiça.
(Milla Pereira)
A participação da Chica é hilária: obrigada, amiga.
O danado do Tramontino
com franjinha arrasou
mesmo sendo pequenino
maioral então ficou!
Fez chapinha e mais chapinha
sua franja então cresceu
mas o coitado do bodinho
sem enxergar mais nada à frente
errou o lugar da chapinha e
de traseiro queimado morreu!
Rejane Chica
Os amigos Jacó Filho e Fernanda Xerez deixaram sua contribuição. Obrigada, amigos queridos,
Só sendo bode importado,
Pra cair nessa enrascada
Com essa franja penteada,
Vão pensar que ele é capado.
Jacó Filho
H.oje vim conhecer o Tramontino
U.m bode metido a grã-fino
L.á das bandas da Europa
L.á no salão só conta lorota
D.epois que fez chapinha
E.suas unhas pintou
L.evou fama de "mocinha”
A.garotada debochou
F.icou meio encabulado
U.m bode muito enfeitado
E.resolveu voltar pra terra natal
N.o aeroporto se despediu: tchau!!
T.ramontino tem mesmo é preguiça
E.vou correndo pra sua terra: a Suiça
Fernanda Xerez
A querida HLuna contribuiu com esta bonita trova:
Esse bode se deu mal,
foi cair numa esparrela,
além do mais, afinal,
perdeu sua cabra donzela.
HLuna
Marina Alves com seu bom humor trouxe versos muito animadores para o bode suíço. Obrigada querida.
Que ideia esquisita
Essa do nosso bodinho
Fazer chapa é coisa estranha
Combina nem um tiquinho
Coitado do Tramontino
Embarcou nessa roubada
Para "desqueimar" o filme
Vai levar uma temporada
Tô com pena de verdade
Do bodinho importado
Quis ficar todo faceiro
Acabou todo enrolado!
Chiii! Se deu-se mal, o Tramontino rsrs...
Adorei, Hull!
Marina Alves
Meu cumpadi Catulo vei modi dizê u qui pensa sobri o "cabra" bodi:
Êssi bóde é pleibói
Elvis Preslei eli imita
Qui tupetáçu di boi
Qui dêxa u bichu na fita
Si levá lá nu Faustão
Vai sê uma sensação
Vai sê uma tárdi bunita!
Catulo
O poeta Maurelio Machado veio enriquecer com seu verso esta ciranda do bode . Obrigada, amigo.
Que bode mais arretado
Virou cabra "Drag Queen"?
Tramontino tá enroscado
Nunca vi um bode assim.
Maurelio Machado