Rimos o riso useiro e vezeiro
Que em nós tem um bocado
Rimos dos rumos da vida
Praia, frango, farofeiro
Num domingo ensolarado
As águas são fezes pura
Mas pra esta vida dura
Sem caninha e sem viola
Que não tem o seu ipod
Tem saudade da eletrola
Chiando o velho disco
Cartola e Adoniran
Para um bom entendedor
Um risco quer dizer Francisco
E nestes dias de frio
Cadê meu cobertor de lã
Pra janta só ovo frito
Pra comer de olhos fechados
Sonhando coxa de rã
E nesta terra perneta
Sem ontem nem amanhã
Pede ai pro estafeta
Entregar um recado meu
Diz aí pros seu “doto”
Que o dinheiro na gaveta
Já vestiu meia e cueca
Agora é aquela meleca
Na hora da divisão
Eu te roubo, tu me roubas
Assim ninguém é ladrão
A minha parte eu vou guardar
É embaixo do colchão
Que eu não confio em banqueiro
Eita povinho atrevido
Trabalha com meu dinheiro
Ainda me cobras taxas e juros
Ave Maria esconjuro
Isto sim é que é ladrão
Antigamente dizia
Qual a minha comissão
Agora é na adivinha
Eu vou enfiar outra linha
Pra tricotar com vocês
Já que iniciei a missiva
Então vam’bora escrever
Até os dedos doerem
Ou ficarem em carne viva
Assunto é o que não falta
Por que nóis aqui da malta
Não temos o rabo preso
E o que nóis pensa nóis diz
Sem medir tamanho e peso
E quem não gostou, por favor
Não se faça de rogado
Contrate um reles rábula
Ou um bom advogado
Por que aqui com nóis é assim
Escreveu num leu é anarfa
O juiz dá a sentença
Dotô tome tenença
Que aqui o senhor não se cria
Nóis sabe de tudo um pouco
Do gato à mais valia
Aqui quem faz as leis somos nóis
Da calça eu aperto o cós
Pra caber a garruncheira
Eu gostei da brincadeira
Joguei fora o meu cansaço
Porém agora vou indo
Já mandei o meu recado
Pras meninas fricoteiras
Fica aqui o meu abraço.
Que em nós tem um bocado
Rimos dos rumos da vida
Praia, frango, farofeiro
Num domingo ensolarado
As águas são fezes pura
Mas pra esta vida dura
Sem caninha e sem viola
Que não tem o seu ipod
Tem saudade da eletrola
Chiando o velho disco
Cartola e Adoniran
Para um bom entendedor
Um risco quer dizer Francisco
E nestes dias de frio
Cadê meu cobertor de lã
Pra janta só ovo frito
Pra comer de olhos fechados
Sonhando coxa de rã
E nesta terra perneta
Sem ontem nem amanhã
Pede ai pro estafeta
Entregar um recado meu
Diz aí pros seu “doto”
Que o dinheiro na gaveta
Já vestiu meia e cueca
Agora é aquela meleca
Na hora da divisão
Eu te roubo, tu me roubas
Assim ninguém é ladrão
A minha parte eu vou guardar
É embaixo do colchão
Que eu não confio em banqueiro
Eita povinho atrevido
Trabalha com meu dinheiro
Ainda me cobras taxas e juros
Ave Maria esconjuro
Isto sim é que é ladrão
Antigamente dizia
Qual a minha comissão
Agora é na adivinha
Eu vou enfiar outra linha
Pra tricotar com vocês
Já que iniciei a missiva
Então vam’bora escrever
Até os dedos doerem
Ou ficarem em carne viva
Assunto é o que não falta
Por que nóis aqui da malta
Não temos o rabo preso
E o que nóis pensa nóis diz
Sem medir tamanho e peso
E quem não gostou, por favor
Não se faça de rogado
Contrate um reles rábula
Ou um bom advogado
Por que aqui com nóis é assim
Escreveu num leu é anarfa
O juiz dá a sentença
Dotô tome tenença
Que aqui o senhor não se cria
Nóis sabe de tudo um pouco
Do gato à mais valia
Aqui quem faz as leis somos nóis
Da calça eu aperto o cós
Pra caber a garruncheira
Eu gostei da brincadeira
Joguei fora o meu cansaço
Porém agora vou indo
Já mandei o meu recado
Pras meninas fricoteiras
Fica aqui o meu abraço.