De ôio no orizinte

A sôdade já fez morada

Dento do meu coração

A sabiazinha marvada

Nun mais ligô pra mim não

Todos os dia nas revuada

Fico oiano nas estrada

Pelos céu da imensidão.

Cum meu biquin a rezá

E juntano as minha azinha

Pidí a Deus préla alembrá

Dessa pobre avizinha

Qui pur nun guentá vivê sozin

Foi pra longe fazê seu nin

Onde revua as andurinha.

Vez inquando u’a indurina

Em meu nin vem visitá

É papo a noite inteirinha

Mais é só pra proziá

Pois a sôdade qui é os monte

Fica de ôio lá no orizonte

Isperano minha sabiá.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 12/11/2010
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