De ôio no orizinte
A sôdade já fez morada
Dento do meu coração
A sabiazinha marvada
Nun mais ligô pra mim não
Todos os dia nas revuada
Fico oiano nas estrada
Pelos céu da imensidão.
Cum meu biquin a rezá
E juntano as minha azinha
Pidí a Deus préla alembrá
Dessa pobre avizinha
Qui pur nun guentá vivê sozin
Foi pra longe fazê seu nin
Onde revua as andurinha.
Vez inquando u’a indurina
Em meu nin vem visitá
É papo a noite inteirinha
Mais é só pra proziá
Pois a sôdade qui é os monte
Fica de ôio lá no orizonte
Isperano minha sabiá.