NO CABARÉ DAS FORMIGAS

Maria gritou: - José,

Acode aqui no quintal

Que isso só pode ser

Outra guerra mundial!

- Meu amor espia mesmo

Arrepare o chão todinho

Pra todo canto que olho

Eu só vejo soldadinho

- Mas Maria, minha flor,

Soldadinho não se intriga

É o único soldado

Que nunca se mete em briga.

Eles são uns bichos mansos

Com o mundo apaziguados

É bicho que não faz guerra

Bem dizer nem são soldados...

E se eles tão no chão

Não carece qu’eu lhe diga

Devem tá tomando uma

No cabaré das formiga!

João Pessoa, 06/11/2010.