SOU LATINO, AMERICANO, BRASILEIRO, SERGIPANO: SOU GENTE.

Senhores aqui presente,

Nós viemos representar,

A diversidade da gente

Que aqui está a morar,

Gente que faz cultura,

Um povo de alma pura,

Que não se pode comparar.

De língua somo latinos,

Pois no Lácio se originou,

A língua que hoje falamos,

Que Portugal cá implantou,

O espanhol também se uniu,

Cada povo contribui,

E o português se abrasileirou.

Brasileiros da mãe-nação,

Terra de amor varonil,

Mar e céus de emoção,

De cores verde e azul – anil,

Imenso, tão continental,

O teu clima mui tropical,

Nação da diversidade: Brasil.

Dentro deste Brasil,

Destacar aqui irei,

A menor de todas províncias,

De nome Sergipe D'El Rei.

Povo de sangue guerreiro

Um povo de credo, romeiro,

Que suplantam sua pequenez.

A olharmos este povo,

Vê-se gente de toda cor,

Tem raça de toda fé,

Todos crêem no Deus – Senhor,

Reza um pai nosso, Ave – maria,

Faz jejum e oração todo dia,

É gente com fé de valor.

O homem sergipano é,

Por natureza trabalhador:

Faz renda lá em Tobias,

Ara a terra em Malhador,

Em Xingó produz a energia,

Pois o Chico lhe dá todo dia,

Suas águas de Rio–Senhor.

Em Cristinápolis e Boquim

De sol a sol se debruça,

O sergipano trabalhador,

Que na lavoura labuta,

Produz na ardilosa terra,

O fruto que na indústria gera,

O suco que o mundo degusta.

De tanto andar por Sergipe,

Não esqueceria minha querência,

Estância, cidade jardim,

Que suas praias de opulência,

Inspiram este madrigal,

Tua cultura tão Magistral,

Fala do amor que esta terra ostenta.

Estância das batucadas,

Cresce tão industrial,

Da imprensa foi precursora

Recompilador teu maior jornal.

Jorge Amado a consagrou,

Andrelina pra ti cantou

Judite Melo te deu a forma real.

Latino, sim, brasileiro,

Sergipano sou sim senhor,

Sou um homem cabra da peste

Que prova da terra o amor,

Também sou eu, humano,

E como bom sergipano,

Sou do forró curtidor.

Aqui sou divino e profano,

No São João sergipano,

Sou cabra namorador.

Vamos deixar de balela,

Essa conversa se encerra,

Vou arear minha fivela,

Pois o forró começou.

Ser latino, brasileiro é assim:

O sangue ferve em mim,

Pois sergipano eu sou.

Deivesson de Sousa
Enviado por Deivesson de Sousa em 03/11/2010
Reeditado em 29/04/2013
Código do texto: T2594631
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