Ao poeta Almir Câmara
O poeta Almir Câmara
me propôs um desafio
um cordel desenvolver
cujo tema me serviu
é o caso de uma panela
duas mulheres na tela
e um feijão que explodiu.
Outro dia eu fiz graça
da história ouvida aqui
uma familia com medo
da panela e seus ardis
logo após ouvi relatos
de explosões e outros fatos
como é o caso de Almir.
Segundo disse o poeta,
estava a mulher a cozer
em sua casa em paz
nada havia a temer
quando um barulho ouviu,
perto de seus pés caiu
uma tampa a tremer.
O susto foi capital
a pobre mulher se benzeu
rogou a Deus proteção
Valei-me, o que sucedeu?
caco de telha caia
teto pra lua se abria
sem saber por que se deu.
Do outro lado da rua
concentrada na cozinha
preparava a refeição
uma cálida vizinha
de repente uma explosão
vai aos ares seu feijão
assustando a coitadinha.
Ela olhava abismada
e era feia a visão
para onde se olhava
só via destruição
tudo ficou bem melado
era grão pra todo lado
numa grande confusão.
Uma mulher se benzia
pelo susto que levou
a outra ainda confusa
sem saber o que causou
e uma tampa de panela
voando pela janela
uma rua atravessou.
Duas mulheres em apuros
numa mesma aflição
uma inocente panela
não aguentou a pressão
ou foi muita feijoada
ou a tampa mal travada
causadora da ação.
Se Amélia ouvisse a história
haveria de dizer
-Não disse que é perigosa?!
seria forçada a crer
é preciso ter cuidados
seguir os conselhos dados
bem na hora de cozer.
Meu caro poeta Almir
não sei se vou agradar
se venci o desafio
não deixe de comentar
é com as intervenções
criticas e sugestões,
assim vou me melhorar.
Deixo aqui o meu abraço
nesse Recanto de paz
que a amizade floresça
como flores nos quintais
carinho, respeito, ternura
ao poeta de alma pura
de palavras cordiais.
Dedico ao poeta Almir Câmara com carinho e respeito.
01/11/2010