O AMOR EM PLATÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCHLA
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA – DEFIL
Disciplina: TÓPICOS ESPECIAIS DE ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
Professor: Dr. Markus Figueira
Aluna: Rosa Ramos Regis da Silva
O AMOR EM PLATÃO
Amor!...
O princípio gerador
da vida e das virtudes.
O Elo que une,
que enlaça;
que unifica,
que entrelaça;
que torna servo o Senhor.
I N T R O D U Ç Ã O
Neste humilde trabalho
tenho como fim mostrar
o que me ficou na mente
aos textos, pesquisar.
Não sei se serei bem clara
ao fazer a explanação
do que foi apreendido.
Mas digo, de coração,
que dei o melhor de mim
para mostrar algo, enfim,
que merecesse atenção.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCHLA
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA – DEFIL
Disciplina: TÓPICOS ESPECIAIS DE ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
Professor: Dr. Markus Figueira
Aluna: Rosa Ramos Regis da Silva
O AMOR EM PLATÃO
Amor!...
O princípio gerador
da vida e das virtudes.
O Elo que une,
que enlaça;
que unifica,
que entrelaça;
que torna servo o Senhor.
I N T R O D U Ç Ã O
Neste humilde trabalho
tenho como fim mostrar
o que me ficou na mente
aos textos, pesquisar.
Não sei se serei bem clara
ao fazer a explanação
do que foi apreendido.
Mas digo, de coração,
que dei o melhor de mim
para mostrar algo, enfim,
que merecesse atenção.
1 – F E D R O
2.1– A ORIGEM DO AMOR
A ARCHÉ origina o AMOR
mas é o CAOS que se abre
para o Vir-a-ser ocorrer.
Sendo este o produtor;
o pai, a mãe, o que gera:
O Amor, o Bem, o Ser.
1.2 – O AMOR COMO PRINCÍPIO DO BEM
E o Amor é, em si,
o Princípio Gerador
das virtudes e da vida.
É o Elo entrelaçador
que une – que unifica.
E é, entre os deuses, Senhor.
O Amor dirige a vida
do homem que, nobremente,
quer vivê-la. E nada, além
dele, pode, certamente,
dirigir tão bem a vida
de um homem nobre – decente.
1.3 – O AMOR COMO ESSENCIALIDADE
PARA A MORAL
O amor faz que o homem
se envergonhe do feio
e ame apenas o belo.
Faz que seja corajoso,
virtuoso, generoso,
o mais simples – mais singelo.
2 - PAUSÃNIAS
A PHILÍA, é a amizade;
SIMPHERON, o que convém
ao homem em si.
Que lhe acresce algo de mais.
Que faz bem.
2.1 – A BELEZA DO AMOR
A beleza do amor
está na forma de amar:
Se a forma de amar for bela
belo, pois, o amor será.
O amor popular não pode
ser chamado de “ belo amor”!
É o amor físico, sem alma.
É a paixão que causa dor.
E o amor celestial
é o amor que faz feliz!
Que não pensa só no carnal,
que só faz bem – não faz mal.
Que tem, dos deuses, o matiz.
2.2 – EROS – sua importância para a Pólis
Para se criar uma Pólis
o EROS é essencial.
Pois que um homem sem honra
e sem excelência ética
carece de cabedal.
2.3 – A IMPORTÂNCIA
DAS REUNIÕES SOCIAIS
Os hábitos, as reuniões,
os simpósios, vão mostrar
como os futuros políticos
deverão se comportar
ao ter o poder nas mãos,
ou seja, ao poder mandar.
O conversar, o beber,...
tal qual o cantar e o amar,
não têm em si a beleza.
Porém, ao se apresentar,
é que mostrará, com clareza,
onde “o belo” se achará.
2.4 – O AMOR À BELEZA CORPÓREA
E O AMOR À SABEDORIA
O amor que vem da deusa
da juventude, é um amor
ao corpo, à beleza física
Enquanto que o amor
vindo da experiência,
é o verdadeiro amor.
...
Quem não tem maturidade
para escolher o amor,
o bem e o mal para si
terão o mesmo valor.
O Eros pode ser visto
pelo jovem inexperiente
de uma forma deturpada.
Ou seja: é um amor doente.
2.5 – AGATHÓS – Moderação
2.5.1 – MODERAÇÃO X DESPROPÓSITO
E DESREGRAMENTO
O Nomos – a convenção:
algo que é normalizado,
busca não ferir o outro.
E ambos são respeitados.
O amor extrapolado
faz com que não se acredite
na beleza do amor
que descende de Afrodite.
2.5.2 – A MORAL DISTORCIDA
O natural sempre é belo.
Mas os fracos criam a Moral
que torce o sentido do Éros
e torna o belo imoral.
O belo une-se ao b elo
ao feio não vai se unir;
Se vai-se à casa do belo
belo, também, se há de ir.
Os fortes unem-se aos fortes
para, assim, reafirmarem
as forças que lhe são próprias,
ao se auto-respeitarem.
Os fracos não poderão
aos fortes se unirem
pois mais fracos ficarão
quando junto a estes se virem.
Para o bárbaro, o amor é feio!
E enfraquece o lutador
tornando-o lento e covarde:
um fraco – um perdedor.
2.6 – A LEI QUE REGE O AMOR
A Lei do amor... as Normas
que rege o sentir amor,
esquece o valor: MORAL
como um condicionador.
Os amantes têm liberdade
em suas juras de amor.
Numa comunhão de afetos,
tolerantes e libertos,
não têm na Moral, é certo,
um real controlador.
2.6.1 – O Amor como sendo um mal
A proibição dos pais
e também do educador
aos encontros dos amantes,
tem como controlador
fundamentos da Moral,
que consideram um mal
todas as formas de amor.
Mas o amor só é mal
quando está baseado
no interesse ( em bens ),
sem pensar no ser amado.
Só pensando em usufruir
do que pode ser-lhe “ arrancado” .
2.7 – SERVIR: Como doação de amor
O servir ao ser amado
não o faz um perdedor
ou um servo, humilhado.
É o doar-se por amor.
O ato de servidão,
aqui, não é censurável!
Pelo contrário, é louvável.
E não é adulação.
2.8 – O AMOR DA DEUSA CELESTE – URANO
O Amor tem diversas formas:
- Os que amam a perfeição;
- Os que amam e não expressam
o que têm no coração
- E os que amam nas formas de
carinho, ternura e paixão.
Amor erótico, o platônico:
- O primeiro, é o da paixão;
- O segundo, é quase impossível,
pois é o “ amor perfeição” .
Mas, p’ra chegar-se a um consenso,
o melhor é o da “ servidão”.
C O N C L U S Ã O
Dando como concluído
o trabalho aqui engendrado,
procurarei resumir
o que foi por mim trabalhado.
Trabalhei Fedro e Pausânias
pela sua ligação
direta sobre o assunto
que está aqui em questão.
A ligação no sentido
de mostrar o estudado:
O Amor, aqui em questão,
como é que ele foi gerado.
E não só como originou-se,
mas sua importância vital
na vida do ser humano:
na sua formação moral
Isto é o que se vê em Fedro.
Já em Pausânias, é a beleza
do amor; a moderação;
a distorção, com certeza,
da Moral, levando o homem
a temer a natureza.
Vê-se a importância do EROS
no Sistema Social;
a lei que rege o amor
e o amor como sendo um mal.
Tudo isso e, em conclusão,
o “ servir como doação”
que é o “ amor celestial” .
NATAL/RN - NOV/2000
BIBLIOGRAFIA
.PLATÃO – DIÁLOGOS – O Banquete, in Os Pensadores, ed. Abril, São Paulo, 1978
Obs: foram excluídos (para economia de espaço)
a capa e o sumário.