Ainda sem inspiração, estou voltando a publicar minhas baboseiras. Composto em setembro/2010, aqui vai o cordel de nomes esquisitos, contendo a parte final dos começados na letra “M”. Trata-se apenas de brincadeira com os nossos irmãos com nomes tão diferentes.

Esquema de rimas: ABABCDCD.

Oitavas de sete sílabas poéticas.

Catorze estrofes.

Os nomes estão abaixo:

Maria de Seu Pereira,
Maria Felicidade,
Maria Humilde,
Maria Máquina,
Maria Panela,
Maria Passa Cantando,
Maria Privada de Jesus,
Maria Tributina Prostituta Cataervla,
Maria-você-me-mata,
Mário de Seu Pereira,
Meirelaz Assunção,
Mijardina Pinto,
Mimaré Índio Brazileiro de Campos,
Ministéio Salgado,

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MARIA DE SEU PEREIRA,

Pessoa muito legal

Porém por qualquer besteira

Tinha dor abdominal

Sofria como ninguém

Pois gostava de um vinho

Tinha somente um porém

Bebia com o vizinho

MARIA FELICIDADE,

Esnobava no sorriso

Ela não tinha maldade

Adorava um indriso

Era boa escritora

Versejava com rigor

Poderia ser doutora

Pra isso tinha vigor

MARIA era HUMILDE,

Morava numa choupana

Topava qualquer lide

Mas gostava da cabana

Tinha só medo de fogo

Andava pela vereda

Um dia pediu a rogo

Apaguem a labareda

MARIA MÁQUINA, linda

Rápida como ninguém

Dançava muita cabinda

Dentro do seu armazém

Era um maracatu

De origem angolana

Pulava tal qual um sapo

De signo, era ariana

Dona MARIA PANELA,

Cozinhava pra valer

De fato era banguela

Adorava remexer

Com sua louça de barro

Fazia até panelada

Seu marido no pigarro

E ela de mão queimada

MARIA PASSA CANTANDO,

Alegre pra variar

Não se sabia até quando

Ela iria cantar

Ficou rouca da garganta

Dessa vez pra variar

Sempre ela nos encanta

Mas tinha de operar

Dona MARIA PRIVADA

Que, DE JESUS, protegida

Não tinha medo de nada

Mas dava valor à vida

Trabalhava de parteira

Por todo o arraial

Levou a vida inteira

Nunca praticou o mal

A MARIA TRIBUTINA

PROSTITUTA CATAERVA,

Tinha rosto de menina

O seu corpo em conserva

Era muito paquerada

Ninguém a deixava em paz

Beijava como danada

Nunca ficara pra trás

MARIA-VOCÊ-ME-MATA,

Assim em cima de mim

Você gosta de chibata

Come muito aipim

Terei de tomar Viagra

Pra aguentar o xodó

Quero você mais magra

Pra levantar o cipó

MÁRIO DE SEU PEREIRA,

Um irmão da Madalena

Fazia muita asneira

No mês em cada quinzena

Nunca conheceu mulher

Parecia brincadeira

Então gozava em pé

No furo da bananeira

A MEIRELAZ ASSUNÇÃO,

Doutora muito sabida

Muito boa com a mão

Mulher bem extrovertida

Adorava operar

Seu talho era pequeno

Sabia bem costurar

Nem precisava de dreno

Dona MIJARDINA PINTO,

Tinha a bexiga frouxa

Urinava no recinto

Fazia todos de trouxa

De tudo bem reclamava

Queria tudo de graça

Do que mais adorava:

Uma dose de cachaça

MIMARÉ grande guerreiro

O ÍNDIO BRAZILEIRO

DE CAMPOS, grande armeiro

Um filho de estrangeiro

Na lança era um esperto

Nunca perdera um lance

Fosse longe ou mesmo perto

Muito bom o seu alcance

Dr. MINISTÉIO SALGADO,

Isso no governo Lula

Queria ser aloprado

Diante de tanta gula

O partido não deixou

Que entrasse na gandaia

Porém pobre não ficou

Ganhou sem maracutaia

Em revisão/construção.