A MOÇA QUE QUERIA CASAR
E O SANTO CASAMENTEIRO.
Maroca era uma moça,
Já passada da idade,
Que via o tempo passar,
Sem nenhuma novidade,
Vivia um sufoco medonho,
Tudo porque o seu sonho,
Era casar na verdade.
Já sem nenhuma esperança,
De achar um casamento,
Passava o tempo rezando,
Sua vida era um tormento,
Foi quando ouviu a conversa,
Que se fizesse promessa,
Casava-se num momento.
Como moça rezadeira,
Na conversa acreditou,
Então na primeira missa,
Para o padre perguntou,
Pois ela estava disposta,
Dependendo da resposta,
Fazer o que escutou.
O padre que não era bobo,
Louco pra pegar o dinheiro,
Disse assim para Maroca,
Esse fato é verdadeiro,
Se quiser realizar seu sonho,
Combine com Santo Antônio,
O santo casamenteiro.
Maroca no mesmo dia,
Veio com o santo combinar,
Trazendo uma grande oferta,
Dentro de um grande borná,
Uma quantia em dinheiro,
Pro santo casamenteiro,
Ajuda-la a se casar.
Chegando junto a imagem,
Com fé em ser atendida,
Se desmanchando em lágrimas,
Lamentando a triste vida,
Dizia santo querido,
Se me deres um marido,
Trago-te outra medida.
O sacristão quando viu,
Todo aquele desespero,
Escondeu-se atrás do santo,
De olho no tal dinheiro,
Disse não perca e esperança,
Que durante essas festanças,
Vai chegar seu companheiro.
Maroca enxugou os olhos,
E então pra casa voltou,
Crente que havia sido o santo,
Que aquilo lhe falou,
Enquanto isso o sacristão,
Passou no dinheiro a mão,
E para o padre entregou.
Maroca continuou a espera,
Do que o santo a prometeu,
Arrumava-se pras festas,
Pra esperar o esposo seu,
Esperançosa em suas preces,
Até o fim da quermesse,
Porem nada aconteceu.
Maroca desiludida,
Por ter sido enganada,
Disse amanhã vou a igreja,
Desfazer essa mancada,
O santo vai se dá mal,
Vou quebrar ele no pau,
Pra não fazer coisa errada.
Nessa hora o sacristão,
Saiu pra igreja correndo,
Veio contar para padre,
O que estava ocorrendo,
Que vinha vindo a Maroca,
Brava igual onça na toca,
Se prepare reverendo.
Pois eu a ouvi dizer,
Que vem aqui se vingar,
Desse santo mentiroso,
Que vive a lhe enganar,
Que lhe fez falsa promessa,
Dizendo que na quermesse,
Ia assim desencalhar.
O padre disse meu filho,
Não temos outro jeito a dar,
Pois mulher que fica assim,
Ninguém pode suportar,
O único jeito a fazer,
É o santo grande esconder,
E deixar o pequeno no lugar.
Assim tramaram o engano,
Logo Maroca chegou,
Com um porrete na mão,
E na igreja penetrou,
Foi direto lá no canto,
Onde se encontrava o santo,
Porem não o encontrou.
Descobriu o oratório,
De um pano que o cobria,
Pronta pra descer a ripa,
No santo que ali havia,
Doida pra matar a raiva,
Do sufoco que passava,
E por suas economias.
Ela até se assustou,
Quando viu a estatueta,
Pois era tão pequenina,
De sujo estava preta,
Gritou isso é demais,
Menino chame seu pai,
Diga-o pra deixar de treita.
É hoje que ele me paga,
A mentira que me fez crer,
Pois ficou com meu dinheiro,
Eu só não quebro você,
Mas ele vai se dá mal,
Dou-lhe uma surra de pau,
Pra ele aprender viver.
O sacristão e o padre,
Lá dentro da sacristia,
Quase morrendo de rir,
Por ver tanta heresia,
Assim Maroca morreu,
Porem nunca recebeu,
O que o santo lhe devia.
Isso é apenas um caso,
Que o povo vive a contar,
Pelo mundo se espalhou,
Então decidi narrar,
Pode até não ser verdade,
Só sei que a necessidade,
Faz o incauto acreditar.
24/10/2010
E O SANTO CASAMENTEIRO.
Maroca era uma moça,
Já passada da idade,
Que via o tempo passar,
Sem nenhuma novidade,
Vivia um sufoco medonho,
Tudo porque o seu sonho,
Era casar na verdade.
Já sem nenhuma esperança,
De achar um casamento,
Passava o tempo rezando,
Sua vida era um tormento,
Foi quando ouviu a conversa,
Que se fizesse promessa,
Casava-se num momento.
Como moça rezadeira,
Na conversa acreditou,
Então na primeira missa,
Para o padre perguntou,
Pois ela estava disposta,
Dependendo da resposta,
Fazer o que escutou.
O padre que não era bobo,
Louco pra pegar o dinheiro,
Disse assim para Maroca,
Esse fato é verdadeiro,
Se quiser realizar seu sonho,
Combine com Santo Antônio,
O santo casamenteiro.
Maroca no mesmo dia,
Veio com o santo combinar,
Trazendo uma grande oferta,
Dentro de um grande borná,
Uma quantia em dinheiro,
Pro santo casamenteiro,
Ajuda-la a se casar.
Chegando junto a imagem,
Com fé em ser atendida,
Se desmanchando em lágrimas,
Lamentando a triste vida,
Dizia santo querido,
Se me deres um marido,
Trago-te outra medida.
O sacristão quando viu,
Todo aquele desespero,
Escondeu-se atrás do santo,
De olho no tal dinheiro,
Disse não perca e esperança,
Que durante essas festanças,
Vai chegar seu companheiro.
Maroca enxugou os olhos,
E então pra casa voltou,
Crente que havia sido o santo,
Que aquilo lhe falou,
Enquanto isso o sacristão,
Passou no dinheiro a mão,
E para o padre entregou.
Maroca continuou a espera,
Do que o santo a prometeu,
Arrumava-se pras festas,
Pra esperar o esposo seu,
Esperançosa em suas preces,
Até o fim da quermesse,
Porem nada aconteceu.
Maroca desiludida,
Por ter sido enganada,
Disse amanhã vou a igreja,
Desfazer essa mancada,
O santo vai se dá mal,
Vou quebrar ele no pau,
Pra não fazer coisa errada.
Nessa hora o sacristão,
Saiu pra igreja correndo,
Veio contar para padre,
O que estava ocorrendo,
Que vinha vindo a Maroca,
Brava igual onça na toca,
Se prepare reverendo.
Pois eu a ouvi dizer,
Que vem aqui se vingar,
Desse santo mentiroso,
Que vive a lhe enganar,
Que lhe fez falsa promessa,
Dizendo que na quermesse,
Ia assim desencalhar.
O padre disse meu filho,
Não temos outro jeito a dar,
Pois mulher que fica assim,
Ninguém pode suportar,
O único jeito a fazer,
É o santo grande esconder,
E deixar o pequeno no lugar.
Assim tramaram o engano,
Logo Maroca chegou,
Com um porrete na mão,
E na igreja penetrou,
Foi direto lá no canto,
Onde se encontrava o santo,
Porem não o encontrou.
Descobriu o oratório,
De um pano que o cobria,
Pronta pra descer a ripa,
No santo que ali havia,
Doida pra matar a raiva,
Do sufoco que passava,
E por suas economias.
Ela até se assustou,
Quando viu a estatueta,
Pois era tão pequenina,
De sujo estava preta,
Gritou isso é demais,
Menino chame seu pai,
Diga-o pra deixar de treita.
É hoje que ele me paga,
A mentira que me fez crer,
Pois ficou com meu dinheiro,
Eu só não quebro você,
Mas ele vai se dá mal,
Dou-lhe uma surra de pau,
Pra ele aprender viver.
O sacristão e o padre,
Lá dentro da sacristia,
Quase morrendo de rir,
Por ver tanta heresia,
Assim Maroca morreu,
Porem nunca recebeu,
O que o santo lhe devia.
Isso é apenas um caso,
Que o povo vive a contar,
Pelo mundo se espalhou,
Então decidi narrar,
Pode até não ser verdade,
Só sei que a necessidade,
Faz o incauto acreditar.
24/10/2010