O MOTOQUEIRO E A BRONCA - 24 versos
(UM DIA DA CAÇA E OUTRO DO CAÇADOR)
REENTITULADO PARA "O MOTOQUEIRO E A BRONCA"
Certo dia um motorista, o seu carro dirigia
Por ser numa avenida, muito movimento havia
Mesmo por que a hora, era já no fim do dia,
Chegando a um farol, que no verde ainda estava
Não parou, pois o momento, sua passagem lhe dava
Porém houve ali um fato, que seu curso embargava
Isto por que um motoqueiro, quis a via atravessar
Antes que o sinal, lhe permitisse passar
Com aquilo o motorista, teve que desviar,
Ele ia seguir reto, na avenida pela frente
No entanto o motoqueiro, tirou-lhe aquilo da mente,
Virou então à direita, pra não haver acidente
O fato aconteceu, mas pra ele tudo bem
Numa próxima esquina, ele faria um porém
Voltaria à avenida, e iria nela além.
Mas o tal de motoqueiro, com ele se aparelhou
E começou a xingá-lo, e gritando o acusou
Que ele atravessara,o vermelho que brilhou.
Por conseguinte então, o afoito motoqueiro
Atravessara a avenida, cruzando o seu carreiro
O que para o motorista, o errado fora ele
Vendo a bronca sem razão, que o motoqueiro lhe dava
O motorista ignorou, o que ele ali falava
Seguiu tocando seu carro, devagar, ver se voltava!
Nada havia ocorrido, para haver alguma arenga
Mas o cara motoqueiro, estava querendo quenga
Começou a chutar o carro, causando ali uma renga
O rapaz do automóvel, irado ali ficou
Deu uma guinada à esquerda, e a moto emprensou
E na guia da calçada, o motoqueiro parou
Pegou um bloco de pedra, para o carro acertar
Mas o esperto motorista, já estava a acelerar
Visto que o motoqueiro, estava para brigar
Mas a coisa se estendeu, virou uma perseguição
O motoqueiro parava, e catava pelo chão
Qualquer pedra que achava, e jogava no carrão
Diante daquele impasse, o motorista avistou
Por ali um policial, perto, seu carro parou
Enquanto isso o motoqueiro, por ali também chegou
Ele gritava alto, acusando o condutor
Que além de avançar no sinal, pôs sua vida sem valor
Apertando-o na calçada, num momento de furor
O guarda ali permeou, aquela breve fadiga
Chamou o comando de trânsito, pra resolver a intriga
Pois um, dizia que o outro, fora o causador da briga.
Em instante ali chegou, o comando respeitado
Três policiais, em motos, com semblantes arretados
Já pediram os documentos, para os dois descombinados
Ao examinaram as placas, dos veículos em questão
Viram que a da moto, sem o lacre estava então
Também sem o capacete, dirigia o tal peão!
A motorista e o carro, com documentos legais
Foi dispensado na hora, pelos três policiais
Mas o motoqueiro se viu, envolvido nos anais.
Uma ordem recebeu, para ao DETRAN seguir
Antes porém ele teria, que um capacete conseguir
Mas a moto ficaria presa, até o lacramento vir.
O motorista do carro, vendo ali aquele impasse
Teve uma conversa amiga, com os guardas no repasse
E convenceu-os a deixar, que o motoqueiro se mandasse
Ainda pagou o estrago, um amassado no tanque
Pois na prensa da sarjeta, houve aquele retranque
Com aquilo o motoqueiro, deu dali o seu arranque!
Esses fatos ocorreram, quando eu era jornalista
Eu fazia reportagem, para por numa revista
Quando eu soube da história, eu a publiquei à risca
Pra encerrar, deixo aqui, um ditado de valor
Existe o dia da caça, e o dia do caçador
O motoqueiro era este, a caça era o condutor!
Aquele dia a caça, ficou livre da questão
Mas quase que o caçador, foi visitar a prisão
Se não fosse o motorista, estaria em confusão!