SE SENTINDO EM OUTRO MUNDO - 12 versos

Dias atrás eu encontrei, um homem atribulado

Por vê-lo triste, eu senti, de tê-lo um pouco ao meu lado

Talvez na conversação, a sua tribulação

Fosse para outro estado!

Nos assuntos eu quis saber, qual era a causa e a razão

Daquele seu descontento, e daquela aflição?

Me disse então no momento, que visitara o firmamento

Na profunda imensidão!

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Disse que um dia viu, que ao céu ele chegava

E aquele pensamento, era um sonho que almejava

Pois via na cor de anil, bem ao fundo do vazio,

Algo que o admirava!

Era uma idéia latente, nas suas meditações,

Um dia ir para o espaço, sem haver limitações

Talvez lá descobriria, a razão por que existia

A terra com seus vilões!

Tendo aquela idéia fixa, noite e dia ele pensava

Se tivesse uma astronave, a viagem realizava

Mas havia o embaraço, de ser pobre no pedaço

E com nada ele contava!

Mas descobriu ele um dia, um jeito de viajar

Seria através de sonhos, que tivesse ao deitar

Para tanto ele procurou, um homem que o ajudou

Uma forma de sonhar!

Para aquilo ele teria, que uma droga beber

Assim ele iria sonhar, e muita coisa saber

Mas assim que ele bebeu, o seu corpo estremeceu

E sentiu que ia morrer!

Mas no transe que ficou, ele se viu noutro mundo

Andando por umas trilhas, num vale muito profundo

No céu um sol brilhava, sua luz quase o cegava

Queimava a cada segundo!

Depois de andar um tempo, numa montanha chegou

E viu que as trilhas em que ia, numa caverna entrou

Mas havia escuridão, e sua fraca visão

A enxergar se recusou!

Porém naquele momento, de longa indecisão

Apareceu um nativo, que lhe deu a opinião,

Para que na gruta entrasse, e mesmo que não enxergasse

Resolveria a questão!

Foi assim, ó caro amigo – disse-me o atribulado

Que ao entrar na caverna, do sono fui acordado

E vi que na rua estava, com uma dor de cabeça, brava

Por isto é que estou danado!

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Deixo aqui caro leitor, do relato o complemento

Desta vez eu conversei, com quem esteve algum tempo

Numa caverna escura, e teve a desventura

De não ver o que tinha dentro!