INCOMPLETUDES

O que seria da chuva

Sem ter aonde cair

De que vale ser palhaço

Sem ninguém pra fazer rir

E de que vale mentir

Sem o verbo acreditar

Ou mesmo pra que ganhar

Se o prêmio não compensa

E pra que a paciência

S’ela nunca me notar?

É que tudo tem um norte

Não há azul sem ter cor

Não há caixão sem ter morte

Não há saudade sem dor

Não há amor sem amor

Não há paixão sem tesão

Não há modéstia sem chão

Não há um balde sem fundo

E pra mim não há um mundo

Sem ela no coração!

João Pessoa, 29/09/2010.