JUREMINHA

Nas cercanias dos arredores de Amargosa,

Vejo toda prosa,

Uma mulher formosa,

Falando com um pé de aroeira....

Suas vestes delineavam seu corpo torneado,

Senti-me atordoado,

sofrego e calado,

Ao fluir sua sensualidade caseira.

De soslaio vejo que és tu Jureminha,

Toda emperdigadinha,

Com ares de sinhazinha.

Acorbertada com uma florida sombreira.

Cogitei então que minha noite seria completa,

Com minha idéia repleta,

Sondando a senha secreta,

De ganhar sua atenção a minha maneira.

Sonhei e a realidade veio ao meu encontro,

Fiquei assim todo pronto,

Encostado num tronco.

Te esperando num frondoso pé de mangueira.

Voce não apareceu naquele lindo dia,

Voltei a ter agonia,

Pela sua serventia.

De ser assim sempre encrenqueira.

Volte para meus braços linda Jureminha,

Espoleta e assanhadinha,

Serás assim sempre minha,

Galante mulher com cheiro de roseira......