Pulitiquêro
Pulitiquêro
A meu avô “seu Pêdo”
11/08/2010
Eita mundão véi disguvernado
Parece inté um cavalo doido sem arreio
Num tem quem feche as purtera,
É trem discarriado, sô.
Inté parece que agora vai
Tê jeito, só prumode um bucado
De sacana tá quereno voto
Tudo falano bunito e pegano
Nas mão, mas cumigo não.
Quando arribam lá no terrero
Chei de puxa saco, e vem logo
Cum um falatório cumpricado
Digo logo pra puxar o carro
E catar coquinho.
É que nas minhas terra
Quem ainda canta de galo
E levanta cedo é eu.
Num adianta vir cum cunversa
Que eu num caio nessa rede.
Bucado de chibungo
Tão pensano que eu sô besta
Puxo logo meu tramboio
E boto tudo pra corrê
Aqui num tem otário
Pra cair nesse conto
Aviso a seu vigário
Pra num entrar nessa briga
Se não ele leva tambeim.
Aqui quem dá pro que num presta
A gente num alivia não
É pirata cumeno o lombo,
É chibata e cinturão
Quem quisé fazer seus erro
Que corra bem pra longe
Prumode a gente pega
Num sobra preda sobre preda
É um corre corre disgraçado
Um chorerê dos demônio.
Purisso que butei na praca da cidade:
“Home discarado e pulítico
Só se fô muito ligêro,
Se não é bom passá longe
Pra num acordá num furmiguero”.
Patrícia Teixeira