COQUEIRO ENCIUMADO
O vento vem lá do mar,
Donde a vista já nem rela,
Empurrando o qu’encontrar,
De navio a barco a vela,
Somente pra ser a sanha
Que na calçadinh’assanha
Os fios do cabelo dela.
Enquanto isso o coqueiro,
Vendo esse chamegado,
Põe um coco de ciúme
E ainda enciumado
Faz bico, recolhe a palha
Chama o vendo de canalha
E se vira pr’outro lado!
UFPB, 23/09/2010.