O VAQUEIRO DO FUTURO DO BRASIL
Nascido no antro do sertão,
Um menino graúdo e vistoso,
E os pais um tanto carinhoso,
Planejavam o futuro glorioso,
Sem saber a devida vocação,
Foi aí que pintou uma idéia,
De botar o garoto numa cela,
E soltar o cavalo em disparada,
Pois fizeram a coisa acertada,
Como fosse a vida planejada.
Foi ficando então adolescente,
E criando um gosta pelo campo,
Todavia preservando o encanto,
Pela área de roçado e agricultura,
Soletrando o nome das figuras,
Dava o tom de interesse literário,
Foi então que se deu o relicário,
E o estudo formou a parceria,
Escolhendo historia e geografia,
Se insere no campo dos letrados.
Como é fruto do seio da fazenda,
Aprendeu os serviços correlatos,
Com vacina extermina carrapatos,
Parasitas que assolam a boiada,
E cuidando das vacas chiqueradas,
Faz ordenhas ajuntando todo leite,
Não aceita se quer nem um desfeito,
Advindo de outras malandragens,
Pois a vida já tem suas sacanagens,
Não precisa de apoio destruidor.
Já falando do lado professor,
Que habita o homem tri valente
Na historia ele é muito eficiente,
Suas aulas são todas elogiadas,
Animando a toda a rapaziada,
É o encanto que o mestre aludiu,
O vaqueiro do futuro do Brasil,
É dinâmico e tem muita formosura,
Alem de mexer com agricultura,
Pega boi e também ensina historia.
Este cabra de fibra e ousadia,
É um homem de bem e erudito,
E por tanto nem mesmo admito,
Que se diga tratar-se de uma lenda,
Parte viva do seio desta fazenda,
Erradicada num sertão de muito sol,
É chamado de seu Rinaldo Jacó,
Tradutor de intensos ensinamentos,
Deixará para estória seus intentos,
Traduzindo uma intensa harmonia.
Martelo Agalopado, são estrofes construídas com dez versos contendo dez silabas em cada.
Este martelo, é uma homenagem ao homem trivalente Rinaldo Jacó, um sertanejo de
Pernambuco que trabalha na agricultura, é um exímio vaqueiro, e renomado professor de Historia na faculdade de Araripina.
Poeta: Miguel Jacó.