O AMOR MAIOR

Ouçam-me um só instante:

preciso falar de amor,

não um sentimento qualquer:

o que tira sorrisos da dor

tornando perdão o seu lema,

faz da vida um poema

transforma tristeza em flor

É algo incomensurável,

ultrapassa o infinito

reverbera nos corações

sublime de tão bendito

e na sua gloriosa luz

moldou a aspereza da cruz

vencendo enfim o maldito

Tamanha é sua proporção

e o alcance de seu desfrute,

tão poderoso o seu brotar

que por mais que alguém lute,

embora só por instante,

ele é mais do que bastante

inda que fuja e relute

Amor incondicional

que se entrega sem pedir,

sem nada em troca querer

mas tão potente no sentir,

algo assim não é humano

pois alma só tem engano,

falta benção no seu fluir

Pois que homem se daria

pelos erros de seus iguais

morrendo em sofrimentos

que ninguém sentirá jamais?

Malgrado houvesse alguém

que assim fizesse também

seus dons não seriam normais

Não havia homens assim

em tal forma de pureza,

nem mesmo mulheres, claro,

pois a humana natureza

morrendo pecaminosa

na jornada dolorosa

carecia de grandeza

Destarte, como redimir

das trevas todos perdidos?

Os homens não mudam homens,

pois mesmo arrependidos,

se mudassem de coração

de onde viria o perdão?

Mas não foram esquecidos

Por essa razão veio a graça

na forma de Deus em amor,

o Verbo, então, se fez carne

entregando Seu Filho à dor

e Ele, Deus-homem, homem-Deus,

morrendo na cruz pelos seus

num só rebanho nos juntou

Eis o sentimento divino

de tamanho sem tamanho,

tão puro quanto Ele só,

aos homens talvez estranho

pois quem pode compreender

que para salvar a mim e você

Se deu ao madeiro tacanho?

Esse amor se chama Jesus,

o Cristo de toda bondade,

o sentimento verdadeiro

trazendo vida e verdade,

e só Ele podia morrer,

pregado na cruz padecer

por toda humanidade

Só o Amor Maior faz isso.

Mesmo não tendo pecado

por nós assim Ele se fez,

um Justo pelos errados,

um santo por pecadores,

a Vida se dando às dores;

quanto amor derramado!

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 19/09/2010
Código do texto: T2506717
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