JOAO SEM SOBRENOME (a volta pra casa.)parte 8
JOAO SEM SOBRENOME (a volta pra casa.)
De Beto rami & Antonio juceli.
João seguiu para fazenda
Porem muito curioso.
E ficou matutando
Este velho é mentiroso.
Ou a casa é assombrada
E ele um medroso.
Quando chegou a casa
Já estava escurecendo.
Ao chegar de frente a porta
essa abriu com um barulho horrendo .
E como se por encanto
As luzes foram acendendo.
Com o que aconteceu
Qualquer um fugiria assombrado
Mais o João não
Nem se mostrou intimidado.
Continuava calmo
Nada o deixava assustado.
Não ficava intimidado
Nem mesmo espírito mal.
Entre céu e inferno
pra ele tudo era normal.
Não existe(dizia ele)o que começa
Que não possa ter final.
A casa não parecia
Que estava abandonada.
Tudo estava em seu lugar
Limpa e arrumada.
Ate mesmo a mesa
Estava preparada.
Tudo indicava
Que alguém iria jantar.
Os pratos estavam postos
Cada qual no seu lugar.
O castiçal estava aceso
Com velas novas a queimar.
A fome era grande
Há dois dias não comia.
Ao ver a mesa posta
Sentiu muita alegria.
Mais vasculhando a panela
Viu que estava vazia
Só tinha um jeito
De a coisa melhorar.
Ir direto pra cama
Dormir pra fome passar.
Assim ele fez
Deitou sem reclamar.
Deitado adormeceu
E a noite prosseguiu.
Bem perto da madrugada
Uma voz ele ouviu.
Dizendo._VOU CAIR!
MI SIGURA ZI FIU.
Ao ouvir aquela voz
O João respondeu.
-pois que caia então
Que fala agora sou eu.
Seja vivo ou seja morto
Católico ou ateu.
Daí em diante
Foi à maior confusão.
Caiu perna,caiu braço
Caiu dedo ,caiu mão.
Caiu tronco,membro e cabeça
Tudo em cima do João.
Esse nem deu atenção
Pro que aconteceu.
Disse_Quem vai ter medo
Daquilo que já morreu.
Sacudiu bem as cobertas
Se espreguiçou e adormeceu.
Foi acordado por um barulho
Que parecia vir da cozinha.
Abriu apenas um olho
Pra ter certeza donde vinha.
Então voltou a dormir
Lembrando a fome que tinha.
_LEVANTA COVARDE!
A VÓZ DA MORTE TE CHAMA.
Faz pose de corajoso
Mais a mim ninguém engana.
Com certeza ta todo cagado
E melou toda a cama.
João ao ouvir isso
Não se segurou.
Levantou distribuindo sopapos
O ser se esquivou.
E foi dizendo_ calma amigo.
Não ta mais aqui quem falou.
Ou você é muito burro
Ou muito corajoso.
Dormir nesse casebre
É muito perigoso.
Não sei se é um herói
Ou um grande mentiroso.
_Não sei quem você é.
Foi dizendo o João.
Seja vivo ou morto
Real ou assombração.
Mostre logo o problema
Que lhe dou a solução.
O problema simples
A solução não.
Pra desvendar esse mistério
Rogue pelo coração.
Nem sempre a verdade
É companheira da razão.
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continua