JOAO SEM SOBRENOME (a volta pra casa.)parte 7

JOAO SEM SOBRENOME (volta pra casa.)

De Beto rami & Antonio juceli.

o João logo depois

de fugir do capataz,

disse ao anjo mal

_aqui não fico mais.

É melhor voltar pra casa

E viver um pouco em paz.

Agradecendo o padre

João seguiu viagem.

Tendo a roupa do corpo

Como sua única bagagem.

Seguiu então seu caminho

Com a cara e a coragem.

No quinto dia de andança

Avistou um acampado.

Onde havia um barraco

De bambu mal rebocado.

Resolveu passar a noite ali

Pois estava muito cansado.

_Ô de casa!

Mora alguém nesse lugar?

Um velho respondeu.

_vê se para de gritar.

Desse jeito nem os mortos

Conseguem descansar.

O dono do barraco

Era um velho ancião.

Tinha uma cabeleira vermelha

Ao qual andava varrendo o chão.

com olhos esbugalhados

E os dedos por sobre um facão.

_Que é que tu quer?

comece a falar.

Aqui não tem nada

Que se possa roubar.

Não vê que é só miséria

Que brota nesse lugar?

João ficou nervoso

E respondeu na hora.

_Nunca pedi esmola

Nem vou começar agora.

Só quero passar a noite

Amanha eu vou embora.

_Rapaz, vate embora.

Não a nada aqui que alguém possa querer.

Nesse velho barraco pobre

Não tem nada pra comer.

Se não cabe nem a mim

Como ira te caber?

A miséria é minha casa

A fome meu tormento.

Somente a solidão

Me acompanha no sofrimento.

Home vá te embora

Me deixe no esquecimento.

Aqui não tem comida, dormida

Bebida, não tem nada.

Siga meu conselho

E pegue essa estrada.

Você logo encontrara

Uma fazenda abandonada.

La é cheio de conforto

Ótimo pra descansar.

Você chegando à sede

Não precisa nem chamar.

Esta a muito abandonada

É só você entrar.

_sei que estou com sede

Com Fome e cansado.

Mais ai o senhor me tomar

Como um abestado.

Se o lugar é bom assim

Porque esta abandonado?

O velho então irou-se

Começou o xingamento.

E disse _Escuta aqui ó

Filho de um jumento.

Se não quiser dormir lá

Que durma no relento.

E batendo a porta

Na cara do João.

Se prendeu dentro de casa

Sem dar mais explicação.

Deixando o rapaz

Entregue a imaginação.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

continua.