JOAO SEM SOBRENOME (a juventude) parte6

JOAO SEM SOBRENOME (a juventude.)

De Beto rami & Antonio juceli.

O tempo foi passando

E o João cada vez mais cansado

Bastava ver uma sombra

E La estava ele encostado.

Somente na hora do almoço

Que se via esse bicho apresado.

Bastava falar em trabalho

Pra ver ele doente

Sentindo enjôo e tontura

E com o corpo todo dormente

Mais ao chegar o jantar

La estava ele bom novamente.

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João não entendia

Como a vida funcionava.

Mais como ele dizia

Isso não o preocupava.

Pois estando junto ao padre

Nada de bom lhe faltava.

Acontece que um dia

O padre teve de viajar.

E uma velha beata

Ficou no seu lugar.

E resolveu que o João

Deveria trabalhar.

E disse_Homem que não trabalha

Vive sempre em aflição.

Jogado no mundo implorando

A caridade de um irmão.

Isso quando não acaba

Morrendo numa prisão.

Por isso moleque

É melhor se preparar.

E aprenda que pra comer

Primeiro é preciso plantar.

E que a vida só ajuda

A quem se ajudar.

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No outro dia o João saiu

antes de o sol nascer.

E somente voltou

Quando começou a escurecer.

Com as mãos em carne viva

E o corpo todo a doer.

Naquela noite o João

Nem consegui dormir

O anjo mal dizia.

_É melhor você fugir.

Darei-te o mundo inteiro

Você só tem de me seguir.

O anjo bom então disse.

_Você não tem de partir.

E a certas pessoas

É melhor não se ouvir

Muito menos trabalhar

É motivo pra se fugir.

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No outro dia bem cedo

fazia um sol de rachar.

E o João se escondeu na sombra

Para melhor pensar.

No que diria ao capataz

Quando esse viesse a chegar.

E não demorou muito

E este então chegou.

Vendo João encostado

Muito zangado gritou.

_OQUE ESTA ESPERANDO

QUE AINDA NÃO COMEÇOU?

_é que eu não sabia

Onde devia começar.

E s se começa aqui

Onde eu iria terminar.

Por isso decidi

Que devia te esperar.

E já que senhor chegou

Espero que possa me ajudar.

A domar essa enxada

Que não me deixa trabalhar.

Pois quando a bato no chão

Ela danasse a pular.

__Isso é impossível!

O capataz foi dizendo.

Você é muito esperto

Eu já estou sabendo.

E coisa desse tipo

só acredito vendo.

Me de logo essa enxada

Que eu vou lhe mostrar.

Que esta mentindo

E agora vou provar.

E assim foi capinando

Bem de pressa sem parar.

E pra provar que era mentira

Capinou todo cerrado.

O João já percebendo

Todo serviço terminado.

Ajeitou-se melhor na sombra

E ficou mais sossegado.

Quando o capataz

Viu o João ali deitado.

Notou que fez papel de bobo

E ficou mais irritado.

Pois aquele moleque

O havia enganado.

E disse_nunca fui enganado

E de forma assim toa grosseira.

João rindo respondeu.

__Sempre existe a primeira.

E essa espalharei

Pela cidade inteira.

Então disse o capataz

Façamos aqui um tratado.

Você não conta nada

E não será mais maltratado.

Terá uma vida de rei

Se souber ficar calado.

João disse _Tudo bem.

entao esta combinado.

E pra saber se não serei

Nunca mais castigado.

Carregue-me em suas costas

Pois estou muito cansado.

E chegando à fazenda

Prepare-me um banho.

Depois me de uma roupa

Que seja do seu tamanho.

Em seguida mate a vaca

Mais gorda do seu rebanho.

Depois prepare uma festa

Pro povo poder festejar.

Uma vida nova

Que pra mim ira começar.

Serei como um filho

E assim ira me tratar.

_PERA AI MULEQUE!

CE TA PENSSANDO O QUE?QUE SABER.

Já cansei dessa estória

Sabe que vou fazer?

Vou arrancar sua pele

E dar pros cachorros comer.

Tendo dito isto

Foi puxando o facão.

O jogou contra o garoto

Que por sorte pegou de raspão.

E disse_VEM CÁ MOLEQUE!

VOU-TE DAR UMA LIÇÃO.

João saiu correndo

Feito um louco desesperado

O anjo bom disse__Bem feito

Quem mandou ser exagerado.

Devia dar se por satisfeito

Por não sair machucado.

E o anjo mal disse

_João fez o certo.

Nesse mundo só vive

Aquele que é mais esperto.

E nenhum mal lhe acontecera

Enquanto eu estiver por perto.

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continua.