JOAO SEM SOBRENOME (a infância.) parte 4
JOAO SEM SOBRENOME (a infância.)
De Beto rami & Antonio juceli.
Com o sumiço do padre
A paróquia ficou abandonada.
Mais logo chegou outro
Pra continuar a empreitada.
Sobre o que ouve com o outro
Ninguém comentou nada.
O padre que chegou
Não era mais que um rapagão.
E sua pouca idade
Chamava a atenção.
Mais logo demonstrou
Que tinha um grande coração.
Logo que se ajeitou
Tornou-se amigo do João.
Todos diziam__cuidado.
Esse moleque é o cão.
Daí não sai nada bom
Só apronta confusão.
_A mim ele parece
Ser um bom rapaz.
_É que o senhor não sabe
Do que ele é capaz.
_Bom deixemos
O passado pra trás.
Com o novo padre
O anjo bom reapareceu.
João ao velo na igreja.
Em sua direção correu.
_Você aqui?
O que aconteceu?
_Esse padre
Merece respeito.
Ele é justo correto
Só gosta do que é direito
E quem sabe ele ate
Consegue te dar um jeito.
O anjo mal logo interveio
_O mundo não foi feito pra otario.
Todos são inocentes
Ate se prove o contrario.
E com certeza ele também
Dara o golpe do vigário.
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Quando o padre rezava uma missa
O João ajudava a celebrar.
Ora segurando o livro
Ora ajudando a falar.
Mais quando ninguém olhava
Roubava as ofertas do altar.
Certo dia na hora da hóstia
Uma moeda João pegou.
Enfiou na boca duma velha
Que sem perceber se retirou.
O anjo bom ao ver aquilo
Muito triste ficou.
A velha ficou uma semana
Com aquela moeda entalada.
Não comia nem dormia
Ficou quase paralisada.
Logo ficou roxa
E a família desesperada.
Foi aquela confusão
Ninguém sabia a o que fazer.
A cidade inteira comentava
Achando que a velha ia morrer.
Foram correndo chamar o padre
Pra dar extrema unção e benzer.
O padre pegou suas coisas
E chamou também o João.
Então começaram os preparativos
Pra dar a extrema unção.
Mais assim que jogou a água benta
A velha tossiu a moeda no chão.
O povo gritou-É MILAGRE!
O padre disse num é não.
A mim esta parecendo.
Coisas do João.
Esse mole que malvado
Parece não ter coração
João disse _Não fiz nada!
Podem acreditarem mim.
Sei que tenho defeitos
Mais isso, isso seria o fim.
Tudo bem se querem um culpado
Então que seja assim
João então chorou tanto
Que o povo se comoveu.
Culparam então o padre
Por tudo que aconteceu.
Esse não disse nada
Foi embora nem se defendeu.
João vendo que agora
Ninguém mais o culpava.
Ouviu o anjo mal
Que ao seu ouvido falava.
_viu como foi bom
Dar-lhe o dom da palavra.
O anjo bom disse.
_Você não tem jeito.
O padre é seu amigo
O que você fez não foi direito.
Você devia se desculpar
E trata lo com mais respeito.
O anjo mal então
Começou a praguejar.
Enfiou a mão na boca disse.
_Ahh! Acho que vou vomitar!
Qual é Ô?
Quer me fazer chorar?
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continua