Oh! Saudade!
Oh! Saudade teimosa que me invade!
E tortura minh'alma apaixonada,
Sorrateira me vens de madrugada...
Não me tens compaixão ou piedade?!
Eu desejo que partas, ó, saudade!
No meu peito não podes aninhar,
Não devias jamais me acompanhar...
Tu podias morar nos arrebóis,
ou no ninho dos belos rouxinóis,
Não devias assim me espezinhar!
Tu me chegas covarde e sorrateira,
E me deixas tristonha e ensimesmada,
como a rosa colhida e desbotada,
E jogada no vão d'uma pedreira,
na partida cruel e derradeira...
Mas por que me machucas desse jeito?
E me invades, covarde, no meu leito?
Oh! Senhora dos meus padecimentos,
não podias curar meus ferimentos?
Eu te peço, te imploro com respeito!
Oh! Saudade teimosa que me invade!
E tortura minh'alma apaixonada,
Sorrateira me vens de madrugada...
Não me tens compaixão ou piedade?!
Eu desejo que partas, ó, saudade!
No meu peito não podes aninhar,
Não devias jamais me acompanhar...
Tu podias morar nos arrebóis,
ou no ninho dos belos rouxinóis,
Não devias assim me espezinhar!
Tu me chegas covarde e sorrateira,
E me deixas tristonha e ensimesmada,
como a rosa colhida e desbotada,
E jogada no vão d'uma pedreira,
na partida cruel e derradeira...
Mas por que me machucas desse jeito?
E me invades, covarde, no meu leito?
Oh! Senhora dos meus padecimentos,
não podias curar meus ferimentos?
Eu te peço, te imploro com respeito!