Quem não é boi, é boiada> Autor: Damião Metamorfose.

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Julho, Agosto e Setembro,

Em ano de eleição.

Os homens de “boa fé”

“defensores da nação”.

Partem para o abraço,

Beijo e aperto de mão.

*

Raposa por vocação

Ou honesto descarado.

Inundam nossos ouvidos,

Com seu jingle plagiado.

E fotos mostrando os dentes,

Com seus sorrisos forçado.

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Tratam o seu eleitorado,

Como boi ou uma boiada.

Invade a casa dos pobres

Come comida estragada.

Bebe água quente e diz:

Que é melhor do que gelada.

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Seus slogans de fachada,

Para iludir o eleitor.

Agora é a vez do novo...

Honesto e trabalhador.

Pela vontade do povo...

Vote nele com amor.

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Compram o vereador,

Com uma pequena bolada.

Prefeito e oposição,

A quantia é ampliada.

E o seu alvo principal

O povo, não leva nada.

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Muita conversa fiada,

Passando em horário nobre.

Denuncias que não se apuram

E se apura alguém encobre.

Quem foi que desviou mais

O pão da mesa do pobre?

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Se o mais esperto descobre,

Que é só tapeação.

Mas no banco dos favores,

Está devendo ao patrão.

E acaba dizendo um sim,

A quem merecia um não.

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Em ano de eleição,

Todos têm capacidade.

Todos resolvem os problemas,

Do estado, país, cidade.

O difícil é descobrir

Que é que fala a verdade.

*

A lei da impunidade,

Impera nos bastidores.

Se o conchavo é descoberto,

Ninguém devolve os valores.

E quem trabalha é quem paga,

As contas desses “senhores”.

*

Portanto caros leitores,

Não riam, não é piada.

É só mais uma denuncia,

Que não vai ser apurada.

E nesse país do futuro...

Quem não é boi, é boiada.

*

Fim

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23/08/2010

Damião Metamorfose
Enviado por Damião Metamorfose em 23/08/2010
Reeditado em 23/08/2016
Código do texto: T2455103
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