Quem não é boi, é boiada> Autor: Damião Metamorfose.
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Julho, Agosto e Setembro,
Em ano de eleição.
Os homens de “boa fé”
“defensores da nação”.
Partem para o abraço,
Beijo e aperto de mão.
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Raposa por vocação
Ou honesto descarado.
Inundam nossos ouvidos,
Com seu jingle plagiado.
E fotos mostrando os dentes,
Com seus sorrisos forçado.
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Tratam o seu eleitorado,
Como boi ou uma boiada.
Invade a casa dos pobres
Come comida estragada.
Bebe água quente e diz:
Que é melhor do que gelada.
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Seus slogans de fachada,
Para iludir o eleitor.
Agora é a vez do novo...
Honesto e trabalhador.
Pela vontade do povo...
Vote nele com amor.
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Compram o vereador,
Com uma pequena bolada.
Prefeito e oposição,
A quantia é ampliada.
E o seu alvo principal
O povo, não leva nada.
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Muita conversa fiada,
Passando em horário nobre.
Denuncias que não se apuram
E se apura alguém encobre.
Quem foi que desviou mais
O pão da mesa do pobre?
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Se o mais esperto descobre,
Que é só tapeação.
Mas no banco dos favores,
Está devendo ao patrão.
E acaba dizendo um sim,
A quem merecia um não.
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Em ano de eleição,
Todos têm capacidade.
Todos resolvem os problemas,
Do estado, país, cidade.
O difícil é descobrir
Que é que fala a verdade.
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A lei da impunidade,
Impera nos bastidores.
Se o conchavo é descoberto,
Ninguém devolve os valores.
E quem trabalha é quem paga,
As contas desses “senhores”.
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Portanto caros leitores,
Não riam, não é piada.
É só mais uma denuncia,
Que não vai ser apurada.
E nesse país do futuro...
Quem não é boi, é boiada.
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Fim
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23/08/2010