GAME-OVER NA CHANSELISÊ
Um cordel de "até já" para o grande amigo Gilson Romero...
Tal qual a semente alada
Que, presa ao galho, balança
Até que uma rajada
De bons ventos lhe alcança
Gilson tá sendo soprado
Pra de Goiana um bocado...
Lá vai o nego pra França!
É a vida em sua andança
Transpondo suas passagens
Onde o tempo, de mudança,
Preenche nossas bagagens
Com novas experiências,
Novos rostos e essências
Novas ruas e paisagens...
Quem diria que o magrelo
Vindo lá do interior
Com um sorriso amarelo
E com feitio morgador
Conseguiria engordar
Ou melhor, desenrolar
E tornar-se o pegador?
Gilson Bob, Nego Bob
Game-over ou mozão
Bem que tentou virar lenda
No curso de produção
Fato quase alcançado
Já que nosso ex-blocado
Reprovou manutenção!
Já em provas de afeição
Nunca tirou nota zero
Tendo no seu coração
Toneladas de esmero
Nem lá na ilha de LOST
Não há ninguém que não goste
Desse tal Gilson Romero!
Mesmo seu jeito morgado
Já passa despercebido
Frente a pureza e o bem
Que nele há embutido
E estando ao seu lado
Sei que fui agraciado
Por tê-lo lhe conhecido
E eu sendo o seu amigo
Que o povo diz que é poeta
Cuspindo versos lhe digo
“Parabéns por essa meta!”
Sem deixar de aludir
Qu’ele bem devia ir
Pra França de bicicleta!
João Pessoa, 11/08/2010.