VALORIZEI A VIDA INÚTIL, E DESCUIDEI DO ESSENCIAL.

Dando vazão as vontades,

Sem um padrão criterioso,

Devido a tal mocidade,

Desejos muito tinhosos,

Angariando aos insultos,

E aos desperdícios banais,

Valorizei a vida inútil,

E descuidei do essencial.

Conheci muitas boates,

Desfrutei de musicais,

Participei de bravatas.

burrices eu fiz de mais

Até que entrei em curto,

E desfiz este arsenal,

Valorizei a vida inútil,

E descuidei do essencial.

Depois de trabalhar muito,

Um dia eu fui demitido,

Levei um choque profundo,

Perturbando meus sentidos

Mas resolvi ser astuto,

De forma fenomenal,

Valorizei a vida inútil,

E descuidei do essencial.

Não podendo reverter,

Esta intrusa demissão,

Então comecei a ler,

Buscando uma solução,

E na filosofia Hindu,

O veda é impacional

Valorizei a vida inútil,

E descuidei do essencial.

Vai o emprego fica vida,

Foi meu segundo pensar,

De forma bem destemida,

Encontrei-me a filosofar,

Logo coletei os frutos,

E não parei nunca mais

Valorizei a vida inútil,

E descuidei do essencial.

Cordéis em oitavas.são estrofes construídas com oito versos, contende sete Silas cada, os dois últimos versos são repetidos em todas as estrofes, a isto

Deu-se o nome de mote.

(Miguel jacó)

11/08/2010 23:17 - Raeu

Quando perdi o emprego

fiquei muito apavorado

Queriam que eu fosse pelego

Cabra desvalorizado

Se o que fiz foi muito fútil

Burrisse em manacial

Valorizei a vida inútil

E descuidei do essencial

Para o texto: VALORIZEI A VIDA INÚTIL, E DESCUIDEI DO ESSENCIAL. (T2430950)

muito obrigado Raeu por esta eximia interação.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 11/08/2010
Reeditado em 12/08/2010
Código do texto: T2430950