A CADELA E A MATILHA - 16 versos em tercetos
Numa certa madrugada, Ouvi um lobo uivar,
Assustou minha cadela, A quem tive que ralhar!
Mas o danado do lobo, Com ela veio brigar
O que achei engraçado, Daquela peia danada
Foi ver que o cachorro lobo, Sentindo a fêmea ciada
Imaginem o resultado, Daquela ação arranjada!
Por ser uma madrugada, Com lua clara brilhando
Pude ver uma matilha, A minha casa rondando,
Eram lobos apaixonados, A cadela namorando!
No outro dia cedinho, Lá em casa apareceu
Um cavaleiro a procura, Do um cão que era seu
Certamente com a matilha, Pelo serrado escondeu!
Os fatos aconteceram, Conforme estive falando
A noite eu fui a um circo, É vi um burro saltando
Com outro em suas costas, E a platéia delirando!
Fui dormir tarde da noite, Depois daquele rodeio
Mas acordei minha sogra, Ao começar roncar feio
Tive que fugir de casa, Pra não apanhar de reio
Isto por que a danada, Teve um repasse satânico
E quando aquilo acontece, Ficamos todos em pânico,
Ela é forte e robusta, E ainda toma biotônico!
Eu corri para o serrado, Passei lá madruga
Mas até que saí bem, Pois eu vi lá a cachorrada
Encontrei o do vizinho Que ao receber deu risada.
Pra falar daquele dia, Em que vivi tal história
A tarde eu fui a um jogo, Pra refrescar a memória
Porém lá me envolvi, Com uma tal divisória.
A policia procurava, Um sujeito bagunceiro
Me confundiram com ele, Formaram ali um pizeiro
Cercaram todo estádio, E o dividiram ao meio
Mas eu pude me esconder, Num buteco da cidade
Aonde também eu tive, Certa adversidade
Já que alguém ali chamou, Uma outra autoridade.
Mas enfim daquela grosa, Também pude me safar
Até que num outro lance, Eu me vi a embaraçar
Com um montador de burro, Que estava a se gabar
Para as pessoas, o cara, Dizia em tom dobrado:
Dos burros que eu conheço, Tem um que é emburrado,
Chama-se Capivarí, E só vive mais deitado!
Lembrei-me que o tal burro, Era de minha estima
Vi ali a confusão, Apontando na esquina
Pois quem do burro falava, Eu mudava sua sina.
Termino essa história, Porém tendo um mau final
Eu fiquei uns dias preso, Mas aquilo foi normal
Pois pelo burro briguei, E no peão dei um pau.
Quero dizer a quem gosta, De ler cordel displicente
Que nas páginas do Recanto, Tem muitos dessa vertente
Escritos por vários trovadores, Todos muito inteligentes!