O Tic-Tac da Estrada da Vida
Nascimento
Raiou mais um dia
O Tic -Tac começou
Nascera mais uma criança
O Tic- tac continuou
Infância
A infância chegou logo
E tao logo conheceu a dor
No Tic -tac da vida
A batalha da vida comecou
Estrada 1
Sofrimento e dor
O mundo logo lhe mostrou
O desespero e a agonia
O Tic -tac continuou
Estrada 2
Amores não teve
E se teve a vida o renegou
Dinheiro, fama e poder
Jamais ele conquistou
Mas o Tic -tac continuou
Velhice
Ligeiro se passou o tempo
Logo a velhice lhe pegou
Com o Tic- tac se faz o tempo
E com o tempo se fez a dor
Coringa da vida
E nessa estrada se constrói o dueto
Do perder e do ganhar
Do viver e do vegetar
Ficamos entre a cruz e a espada
Momento
A vida é um niilismo
De momento à momento
Cujo o prazer se alimenta
Para depois nos devorar
Escuridão
Logo chega o luar
Indicando a escuridão
Soltando as algemas
Que nos mantinham nesta prisão
Ciclo vicioso
A estrada fica escura
Para acabar com a amargura
É o fim do Tic-tac da vida
Desse ciclo vicioso
São dois seres malditos
E que ambos são distintos
O começo e o fim
O viver e morrer
Parando o Tic-tac do meu e do seu ser
É a biologia da vida
Nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer
Quem dera-me o poder de explodir este planeta onde vegetamos
Dando um fim a este ciclo vicioso
Eliminando-se assim
Esta briga entre supostos deuses
Bem e Mal.