PRINCESA ANNE
Numa terra distante chamada de “Timbaúba de Cima”, em um reino no vale de Araruna, existe um palácio repleto de pés de acerola, goiaba, cajarana, cajú, graviola e pitanga. Num dos jardins desse palácio há também um esplêndido roseiral, com rosas de todas as cores, tamanhos e odores.
Quer dizer... nem todas as cores, nem tamanhos, nem odores. Falta-lhe ainda uma rosa... uma rosa bem especifica; uma rosa que subirá nos pés de acerola, de cajarana, de graviola, no cajueiro, na goiabeira, na pitangueira; uma rosa que vai se arranhar correndo desatenta por entre as outras roseiras do roseiral; uma rosa cheia de cor, de graça, de vida; cheia de luz... uma luz que a capaz de fazê-la cintilar e voar livre como uma bola de sabão!
E dessa forma, que essa rosa venha logo. E que chegando, que seja uma rosa bola de sabão com status de princesa ou uma princesa bola de sabão com status de rosa!
Não importante a ordem, o reino está em festa e a festa é pra ela: A Princesa Anne, a rosa mais bela!
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Lá no reino de Araruna
Em Timbaúba de Cima
No palácio do grão-rei
Uma graça se aproxima
E a corte da majestade
Vive em tal felicidade
Que não há verso qu’exprima!
Pois se aproxima a chegada
da flor de maior beleza
da rosa mais esperada
no jardim da realeza
e o bobo da corte, em festa,
grita: fulô como esta
é o auge da riqueza!
Enquanto o povo comenta
Pelas vilas do reinado
Qu’esta graça só assenta
Ser, o reino, abençoado
E por toda Timbaúba
A notícia se aduba
E este fato é louvado!
E tendo o tempo chegado
Que a luz, da corte, emane
E o reino extasiado
Olhe pra cima e exclame:
Obrigado Deus da vida
Por essa recém-nascida...
Querida princesa Anne!
E que Deus se afeiçoe
Tomado pela emoção
E que, olhando, abençoe
Sua nova criação;
Fazendo, por fantasia,
Uma nuvem de alegria
Chover bolas de sabão!
João Pessoa, 03/08/2010.