JOAO SEM SOBRENOME. parte final.

Capitulo 09 finail

de Beto rami & Antonio Juceli.

O padre perguntou ao cujo

Se ele era casado.

Esse abraçando a feiticeira

Puxou-a para seu lado.

O padre achou-a bem feia

Benzeu-se e ficou calado.

Depois de chamar a todos

Começou a celebração.

Maria preparava o garoto

Para receber a unção.

O cujo acendeu a vela

Que estava em sua mão.

O padre disse__Escolham um santo.

Pra iluminar o caminho do João.

Um que ele possa orar.

Pedindo saúde e proteção.

___São Tanaz! disse o cujo.

Esse é o da minha devoção.

__Que santo é esse?

Nunca ouvi falar.

Muito menos o vi.

Em cima de um altar.

E se existisse um

Com certeza iria lembrar.

-_De certo já ouviu.

Só não lembra mais.

Existem varias igrejas.

Dedicadas a são Tanas.

É a ele que todos apelam

Quando o mundo não satisfaz.

O padre não ficou convencido.

Mais resolveu continuar.

Já que tinha começado.

Era melhor terminar.

E já foi benzendo a água.

Pro menino batizar

Quando a água passou pelos cabelos.

E escorreu pela bacia bastimal.

Aconteceu algo estanho.

E bem fora do normal.

Pra ser exato mesmo

Algo sobrenatural.

O cabelo que antes

Era negro e enrolado.

Tornou-se de imediato

Louro e alisado.

E o garoto foi desbotando.

Como se antes fora pintado.

A água tornou-se escura.

Como a mais negra escuridão.

O padre tomou um susto.

Derrubando a bacia no chão.

O sacristão gritou __ é milagre!

E correu a beijar-lhe a mão.

O menino ficou branco.

E o Jose desconfiado.

Achando que a Maria.

O traiu no passado.

E que para o enganá-lo

Ao menino tinha pintado.

Com isso acabou o batizado

em uma grande confusão.

Todos riam do Jose.

E esse com o filho na mão.

Prendia o choro na garganta.

Que o sufocava com a aflição.

Desse dia em diante.

Acabou-se a paz.

Achando que estava cego.

Deixou a alegria pra traz.

Jurando que em Maria.

Não confiaria mais.

Com isso não lembrava.

Quem era o compadre.

O cujo fez bem feito.

Enganando ate o padre.

Que foi embora acreditando.

Que tinha acontecido um milagre.

Meu amigo nesse momento.

Já lhe dei explicação.

Não se devem falar coisas.

Ou prometer em vão.

Por causa da pro pia língua.

O homem vive em aflição.

Termino aqui uma parte

Dessa estranha estória.

Continuo logo adiante

Se ainda tiver memória.

As aventuras e desventuras.

De uma gente tão simplória.

Contei tudo como aconteceu.

Não acrescentei um ponto.

Talvez tenha esquecido algo.

Se lembrar depois eu conto.

Minha memória já não é tão boa.

Por isso te peço um desconto.

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(Agradeço ao meu amigo e poeta Antonio juceli por contribuir com essa obra.

Lembrando que é apenas a parte que vai do nascimento ao batizado.

Ficando faltando à infância, e a juventude do João.

Que por causa do pai, que prometeu o que não devia.

Viveu aventuras sem precedentes.

Que estarão disponíveis em breve em E book.)