EXERCITO MINHA PENA

Exercito minha pena,

Expondo meu cabedal,

De modo jamais letal,

Sobre tudo que escrevo,

E nunca que me atrevo,

Ser um sujeito do mal.

Eu falo de morte e vida,

Deste jogo de palavras,

De mulheres enxeridas,

De feridas maltratadas,

Das esperanças perdidas,

Das noite enluaradas.

Não retrato aos pudores,

Pois estes nada produzem,

É a chave dos rancores,

Que dizimou a Jesus,

Alem de tantos horrores,

O pendurou numa cruz.

Acredito em boa fé,

Seguida do ato valido,

O homem diz o que é,

Através do seu trabalho,

E a desonra da mulher,

Redundo do ato falho.

Santidade não tem preço,

Maldade não tem medida,

Tudo requer um começo,

Até mesmo o fim da vida,

E começamos a morrer,

Logo após ter nascido.

Este mundo não é meu,

Nem me causa alvoroço,

Está cheio de plebeus,

Tantos carnes de pescoço,

Se fossemos apaziguados

tudo seria um colosso.

Depois me converto em pó,

Me adendo aos estrumes,

Viro seiva de capim,

Um vegetal de consumo,

Para os nobres animais,

Que alimentam ao mundo.

Cordéis em sextilhas,são estrofes construídas com seis versos contendo sete silabas em cada.

No cordel eu sou novata

Por isso vou de trovinha

Os teus versos valem prata

Alçam vôos de andorinha!

Mas num rasante sensato,

Te faço uma pegadinha.

Para o texto: EXERCITO MINHA PENA (T2390459)

Giustina eu fiz dueto com vc para coletar um cordel Obrigado.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 21/07/2010
Reeditado em 22/07/2010
Código do texto: T2390459