GIRIAS DO BRASIL- 01
   (SÃO PAULO.)


Quero aqui nesse cordel,
Valer-me dos dialetos,
Quero usar esse objeto,
Passando a todos vocês,
As gírias aqui faladas,
Pelas pessoas usadas.
No linguajar português.

Na gíria do paulistano,
Cabuloso é sensacional,
Coxinha é policial,
Bater uma xepa é almoçar,
Chutar com força é dedão,
Ônibus chama-se busão,
Bater fil é telefonar.

Qualquer coisa é bagulho,
Xingar o próximo é Aderbal,
Cabrito é algo não original,
Dar área é ir embora,
Ficar na moral é estar calado,
Ficou pequeno é mal falado,
Muito bonito é da hora.

Mocréia é mulher feia.
Fodão é ser campeão,
Komboza é lotação,
Dar um rolê é passear,
Alguém se chama de mano,
Arma de fogo é cano,
Dar um trampo é trabalhar.

Lindo é muito louco,
Muamba é do Paraguai,
Dançou é quando a casa cai,
Puxar um beck é se drogar,
Vacilou é marcou bobeira,
Fazer bagunça é zoeira,
Queimar filme é fofocar.

Rasgar é sair correndo,
Lindo de mais é sarado,
Socado é carro rebaixado,
Vazar é sair do lugar,
Porrada é dar um soco,
Tongo se chama de louco,
Fazer um rolo é trocar.

Pagar pau é admirar-se,
Noiado é estar drogado,
Fita forte é algo roubado,
Muito bom é cabuloso,
Mulher se chama de mina,
Gasosa é gasolina,
É fria quando é perigoso.

Fubanga é mulher mais feia,
Ei tá preula é ficar impressionando,
Dar um jeito é bem bolado,
Encher lingüiça é falar,
Truta é ser segurança,
Barriga tambem é pança,
Sentar o dedo é atirar.

São alguns dos dialetos,
Que estão na boca do povo,
Alguns velhos, outros novo,
Nosso português em figura,
A você que está lendo,
Espero que esteja aprendendo,
Um pouco de nossa cultura.


Interação de Raeu.

Por aqui é arretado,
Um cabra escrever assim,
Quando tem um pé quebrado,
Ninguem vai achar ruim,
No portugues bem bolado,
Não queira mangar de mim.


Autor: Ciosme B Araujo.
19/07/2010.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 19/07/2010
Reeditado em 28/12/2011
Código do texto: T2387393
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