UMA VIÓLA E UM NOVO ASTRAL
Com uma viola no colo
Ouvi um certo caboclo ponteando
Na sombra de uma florida paineira
Sua esposa, sua platéia e companheira
E contigo lhe acompanhava cantando.
Parei o meu carro e fui pra lá ouvir
Pareceu um remédios pros meus ouvidos
Que gostosura o som daquela viola bem afinada
Que música suave e bem cantada
Quanta educação daqueles desconhecidos.
Como eu me sentia muito triste
Tudo aquilo renovou o meu astral
Fiquei alí por algumas horas
Não queriam que eu fosse embora
Disse que precisava voltar pra capital.
Moro lá mas nasci e me criei na roça
Não consigo esquecer de nada do sertão
Moro na cidade mas sou um caipira
Vida de cidade é uma doce mentira
Cheios de sonhos e ilusão.
Não perdi hora e nem tempo
Voltei bem mais composto
Me sentindo bem mais a vontade
Quando voltei para a cidade
Muita alegria florescia em meu rosto.