ACONTECEU NA ÁFRICA DO SUL

Nas frias terras sul-africanas,

As pedaladas de Robinho

Sob os olhares dos “bafanas”

Ficaram pelo meio do caminho...

Foi no ano dois mil e dez

Que aconteceu esse revés

Com a Seleção Canarinho

Que ao cobiçado título mundial

Como grande favorita chegou

Mesmo sem o futebol genial

Que ao mundo sempre mostrou.

Foi só a bola na grama rolar

Para o mundo inteiro constatar

Que o Brasil à África não chegou.

Já contra a Coréia do Norte,

Os pentas-campeões do mundo

Precisaram contar com a sorte

Para vencer um time infecundo.

Sem apresentar brilho algum

Eles suaram e, por dois a um,

Bateram um pobre moribundo.

O segundo “triunfo” se deu

Diante da Costa do Marfim...

O futebol do Brasil apareceu,

Mas não tão brilhante assim!

Três a um foi o placar final

E o Brasil à oitava-de final

Estava classificado, enfim.

Foi um jogo muito difícil

Em que os costa-marfineses

Mostraram, desde o início,

Que não nos seriam corteses.

O duro time africano

Tirou Kaká e Elano

Do jogo contra os portugueses.

Garantidos na oitava-de-final,

Os jogadores brasileiros

Fizeram contra Portugal,

No seu confronto terceiro,

Um jogo com muito esmero

Em que o zero-a-zero

Os classificaria em primeiro.

Veio, então, a fase seguinte

E o Chile foi a bola da vez.

O Brasil jogou com requinte

E venceu seu antigo “freguês”.

Três a zero foi um placar normal,

Mas na fase de quarta-de-final

Nos esperava o time holandês.

Chega, enfim, a tão esperada

Partida entre Holanda e Brasil,

Há muito por todos comentada

Como o jogo dos segredos mil...

A ansiedade que antecede o jogo

Nos acende em todos um fogo

Ardente, inquietante, hostil...

É dado o pontapé inicial

E logo no início da partida

Recebendo um passe genial

Robinho invade a temida

Retranca do time laranja

Que logo se desarranja:

Foi ela no início batida.

Porém, na etapa final

O revés do time brasileiro:

O dono do “passe genial”

Atrapalha seu próprio goleiro

E tudo, então, desanda

Com o primeiro gol da Holanda,

O Brasil se perde por inteiro.

O segundo gol veio a seguir

Numa jogada de bola parada:

A zaga não conseguiu subir

E a bola foi, então, alcançada

Pela cabeça de um holandês

Que pela segunda vez

Deixou nossa torcida calada.

O jogo chega ao seu final

E, cabisbaixo, o time brasileiro

Dá adeus ao título mundial

Sem mostrar seu futebol verdadeiro.

E sem esboçar qualquer reação

Típica de um grande campeão,

O Brasil frustrou o mundo inteiro.

E mais uma vez foi adiado

O sonho de ser hexa-campeão,

Pois o Brasil fora eliminado

Sem direito à prorrogação.

E agora resta-nos esperar

Dois mil e quatorze chegar...

Enxugue as lágrimas, irmão!

Joésio Menezes
Enviado por Joésio Menezes em 06/07/2010
Código do texto: T2361415
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