UM PRESENTE RECEBIDO DA PÁGINA DO MEU AMIGO ANSILGUS

CORDEL – MOTE: VAI FALTAR CUPIM NA PRAÇA/PRÁ TANTO CARA DE PAU

Com a campanha política já lançada às ruas, embora com muita antecedência, e como pra políticos não se tem regras neste país, ou melhor, não se cumprem normas, por ideia do Jerson resolvemos criar este cordel, que procura se enquadrar à realidade brasileira com certa dose de humor. Alguns escritores foram convidados, entretanto, em vista de seus afazeres não foi possível o envio de suas colaborações, as quais muito enriqueceriam este despretensioso trabalho.

Todavia, se algum colaborador assim o desejar, dentro do “MOTE”, receberemos com muito prazer a sua interação.

Nossos agradecimentos a todos, sem exceção.

Jerson Brito, assim iniciou:

*

Já está tomando a rua

A campanha eleitoral

Paciência minha e tua

É testada, isso é normal

Os caras fazem pirraça

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

*

Promessas mirabolantes

Loucuras em alto grau

Milhares de postulantes

A mandato federal

Dos votos estão à caça

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

*

Candidato presepeiro

Agrada o pessoal

De tijolo é um milheiro

Telha, areia, coisa e tal

Tentam enganar a massa

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

Ansilgus, continuando seu aprendizado:

Começa pela Ministra

Que já foi um animal

Sua pose é sinistra

Sua aparência anormal

E nos engana de graça

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

Depois vem a Marina

Com seu jeito de social

Mas na urna não empina

Embora pareça legal

Como nortista tem raça

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

O Serra começou a toda

Até pensei: menos mal

Mas quero que se exploda

Porque só conversa e tal

Com óleo de linhaça

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

O de Minas se esquivou

Pois pra vice, infernal

E o devido apoio negou

Pra acabar esse lamaçal

Penso que foi por trapaça

Vai faltar cupim na praça

Pra tanto cara de pau

Jacó filho resolveu compor em sextilha de sete versos:

Quando o voto era na raça,

Por ordens dum general,

Davam lanches de graça,

E até água mineral...

Não tem cupim na praça,

Pra tanto cara de pau.

Quem tem poder não passa,

E se torna desleal.

Compra até com cachaça,

Não usa o modo legal...

Não tem cupim na praça,

Pra tanto cara de pau.

Posto em cova rasa,

Morto tal um animal,

Da fome que só passa,

Quando é ano eleitoral...

Não tem cupim na praça,

Pra tanto cara de pau.

Até aos pobres dão casa,

Mas em promessa geral.

Quando o pleito passa,

Tomam sumiço letal...

Não tem cupim na praça,

Pra tanto cara de pau.

Gildo Oliveira, no seu primeiro cordel de estreia assim falou:

Posso estar aposentado

Neste pais desigual

Vou vivendo explorado

Por político e por marginal

Deixo aqui o meu recado

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau

Ai estarão nas eleições

Pedindo voto pro povo

Prometem mil maravilhas

E depois roubam de novo

É sempre o mesmo final

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau

Dilma, a guerrilheira

Até plástica já fez

Ela não é a primeira

Mas é a bola da vez

Acima do bem e do mal

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau

Que Deus perdoe o povo

Se não souberem votar

Pois continuará de novo

A mesma turma a bailar

É sim, eles são tudo igual

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau.

Giustina, poetisa de esmerado gosto, assim se pronunciou:

Cupim é bicho danado

E nem tem cara de mau

Come madeira calado

Como se fosse mingau

É pior que uma traça

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau.

Político faz besteira

Cupim toca berimbau

Se ele fosse madeira

Bichinho faria grau

E comeria de graça

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau.

Visando a corrupção

Política é degrau

Cupim vai ter refeição

Com cheiro de bacalhau

Assim com tanta trapaça

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau.

Celêdian, bela escritora, acaba de mandar sua colaboração:

O mar não está prá peixe

Não dá nem prá bacalhau

Tem gente que faz reserva

Meia, cofre oficial

E na cueca disfarça

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau

Na terra de Santa Cruz

Antes nome oficial

Madeira tinha demais

Mas cupim se dava mal

Hoje com tanta trapaça

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau

Propaganda só podia

Em ano eleitoral,

Apenas no prazo certo

Antes, era ilegal

Hoje até virou troça

Vai faltar cupim na praça

Prá tanto cara de pau

Bolsa é prá estudante

No sentido original

Mas virou meio de vida

De um jeito anormal

Hoje é pra fazer graça

Giustina
Enviado por Giustina em 16/06/2010
Reeditado em 16/06/2010
Código do texto: T2324071
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