Em honra aos Sacerdotes

O Ano Sacerdotal,

Pelo Papa, instituído

Para, na Nova Aliança

Ser, por todos nós, vivido

E Bento, ficar gravado

No Católico instruído

Que nunca desprotegido

Segue sua fé que basta

Para viver nesta vida

Na qual a cruz não arrasta

Pois sabe perfeitamente

Que o murmurar, Deus afasta

O deserto já não é casta

Como nos tempos de outrora

No qual o povo partido

Murmura na sua história

Ante a Moisés, escolhido,

Que honra Deus e sua glória

Serviu-se, o Deus da vitória

Daqueles que Ele elegeu

E os consagrados em unção

E o que a missão acolheu

Faz jus à sua vocação

Que é dom que do céu nasceu

O Amor que os escolheu

É a Suprema Sapiência

Que deseja a salvação

Dos homens que em obediência

Põem suas vidas na mão

Da Grande Onipotência

Aos primeiros, com paciência

Lhes disse na Santa Ceia

Fazei isto em memória

Para que o homem creia

No Deus que fala na história

De um mundo que a Deus receia

Assim, nessa imensa teia

Fica, pois, instituído

O Sacerdócio Sagrado

Pelo Mestre, conferido

Àqueles que por coragem

Contemplam Jesus ferido

Consagram o pão partido

E o sangue que era antes vinho

E pregam o Reino Santo

Ao homens, mesmo ao mesquinho

Buscam a ovelha perdida

E levam-na ao doce ninho

Vestem o ramo de espinho

E compartilham a dor

Dos filhos que se seguram

No dito do Bom Pastor

Assim é o Padre que vive

Seu sacerdócio no amor

A ele, canto em louvor

Dentro da minha oração

Vinde Espírito Santo

Inflame o coração

Do Sacerdote que faz

Do pão, Jesus, nosso irmão

E nos ouve em Confissão

E nos dá o Santo Batismo

Abençoa o Matrimônio

Tira os doentes do abismo

Aplicando-lhes a Unção

Fazendo o céu seu destino

Queria, como um menino,

Dizer todos que conheço

E digo, assim, com carinho

A muitos, cujo endereço

A vida me endereçou

Em cada meu recomeço

E esse cordel que ofereço

E agora você vai lendo

É em honra a todos os Padres

No céu ou em terra vivendo

São tantos esses cumpadres..

Que alguns, Jesus, não lembro!

Perdão, pede esse membro

Da Igreja que não mereço

Mas, com confiança, insisto

No amor que é amor sem preço

E os Sacerdotes de Cristo

No coração nunca esqueço

Aos Padres o meu apreço

Feliz, na rima embaraço

Esses, seus nomes brado

Em um canto do meu regaço

É muito mais que desejo

Por tanto pouco que faço

Aí vai! José Otácio

E a Guedes desejo a paz

Padre Jonas, lá em Campos

Dom Tarsísio em Minas Gerais

Da tradição, Dom Rifan

Saudades do Padre Brás

Que uniu, tempos atrás

Minha vida em matrimônio

Que o Marinho confirmou

No ECC que é um sonho

Já dizia o bom Dom Carlos

Poeta no céu, risonho

Demétrio, Alan e Antônio

Carmine, Luiz Gonzaga

Anderson e os de Campos

Que o bom Latim, Deus nos traga

E Pedro, Carlos, Marinho

Mediquem a mais funda chaga

Padre Jean que agrada

O céu com sua bondade

Com o lusitano Eduardo

E Padre Léo, santidade

Cantada por Manuel

E Edson em liberdade

Com Padre Pio, piedade

João Paulo II partilha

Pois, Papa também é Padre

São filhos da Mãe que é Filha

E sendo seus prediletos

A virgem com eles trilha

Nos campos da luz que brilha

Com tantos Santos no céu

São muitos na multidão

Que não nos deixam ao leo

Formando essa comunhão

Que rompe o imenso véu

Nas três Igrejas o mel

Que flui por todo o universo

E os Padres na militância

Que canto aqui neste verso

Ainda os que não conheço

Por eles a Deus eu peço

Aqueles que, estando perto,

Abriram-me à santidade

E nesse momento certo

Falo em sinceridade

Muito obrigado, Senhor

Por sua imensa bondade

Pusestes em minha cidade

Os Padres que já nomeio

Paulo César na Engenhoca

Que veio acertar em cheio

Traz a multidão de volta

A esse belo pastoreio

Dom Alano, sem receio

Bom pastor desse rebanho

Com Dom Roberto ensina

O Deus que não é estranho

Cumprem bem o seu ofício

De tão enorme tamanho

Terminando, não me acanho

De falar sobre um tesouro

O Sacerdote Elidio

Que no que toca, faz ouro

Um poeta de prodígio

Tão valente quanto um touro

Tem um Padre que é um estouro

Perfeito na pregação

Canta a Cristo e encanta

Com grande erudição

Esse é o Padre Rolando

Que canto nesta canção

E ao Padre que ainda não

Mencionei neste canto

Em Cristo, Nosso Senhor

Tem o seu destino santo

E a virgem que é Mãe do Amor

Com seu puríssimo manto

E reina no Reino Santo,

Lugar de felicidade,

Há de acolher a todos,

Com infinita bondade,

E manifestar em outros

O desejo da eternidade

Niterói, 13/06/2010