MAJESTOSAMENTE BELA
Olho a lua da janela
Parece que ela me vê
Posso até falar com ela
Mas o que poderei dizer?
Ela não me escutaria
Somos nós os sonhadores
Que fazemos romaria
Pra lhe falar de amores.
Está sempre majestosa
Olhando-nos das alturas
Inspiradora e formosa
Criação ou criatura?
Isso até não nos importa
Somos nós os trovadores
Ela nada nos implora
Sequer lhe mandamos flores.
Pode até entristecer
Se algum dia a macularem
E nela outra vez descer
Alguém por espionagem;
Tudo em nome da ciência
Que alguma vez extrapola
E numa dessas experiências
Ela pode de vez ir embora.
Aí como ficaremos
Nas ruas sempre às escuras
Como nos inspiraremos
Sem a nossa musa lua?
E como ficam as estrelas
Soltas dessa amplidão
Sem a lua para vê-las
Vão sofrer de solidão.
Assim como os trovadores
Os poetas seresteiros
E nós os mais sonhadores
Seremos só desespero,
Sozinhos na imensidão
Que a vida nos impôs
Só teremos a solidão
E a saudade por nós dois.
Brasília, 09/06/2010
Olho a lua da janela
Parece que ela me vê
Posso até falar com ela
Mas o que poderei dizer?
Ela não me escutaria
Somos nós os sonhadores
Que fazemos romaria
Pra lhe falar de amores.
Está sempre majestosa
Olhando-nos das alturas
Inspiradora e formosa
Criação ou criatura?
Isso até não nos importa
Somos nós os trovadores
Ela nada nos implora
Sequer lhe mandamos flores.
Pode até entristecer
Se algum dia a macularem
E nela outra vez descer
Alguém por espionagem;
Tudo em nome da ciência
Que alguma vez extrapola
E numa dessas experiências
Ela pode de vez ir embora.
Aí como ficaremos
Nas ruas sempre às escuras
Como nos inspiraremos
Sem a nossa musa lua?
E como ficam as estrelas
Soltas dessa amplidão
Sem a lua para vê-las
Vão sofrer de solidão.
Assim como os trovadores
Os poetas seresteiros
E nós os mais sonhadores
Seremos só desespero,
Sozinhos na imensidão
Que a vida nos impôs
Só teremos a solidão
E a saudade por nós dois.
Brasília, 09/06/2010