FUI ME EMBRENHANDO NO MATO, E LIMPANDO A MINHA MENTE.

Acordei com as buzinas,

Dos automóveis em filas,

Que passavam pela vila,

Comemorando a um evento,

Um gesto grosso e nefasto,

De quem se faz insolente,

Fui me embrenhando no mato,

E limpando a minha mente.

Motivos não se esgotam,

Para insistentes barulhos,

Alem disto os entulhos,

Produzidos pelas obras,

A cada dia um desastre,

Reforça um mal permanente,

Fui me embrenhando no mato,

E limpando a minha mente.

Quando penso está tranqüilo,

Logo depois do almoço,

Não demora e eu já ouço,

Alguém me batendo palmas,

Fazendo um longo relato,

Me prova ser um indigente,

Fui me embrenhando no mato,

E limpando a minha mente.

Mesmo com boa intenção,

Ainda assim me atrapalham,

São os chamados irmãos,

Catequizando as almas,

Da Bíblia fazem relatos,

Maduros e consistentes,

Fui me embrenhando no mato,

E limpando a minha mente.

Vim passear na floresta,

Com a cabeça em fervura,

Já me enchi de ternura,

Logo no primeiro evento,

Ao encontrar o macaco,

Tão meigo e inteligente

Fui me embrenhando no mato,

E limpando a minha mente.

O canto dos passarinho,

Me fez uma varredura,

E minha mente insegura,

Agora esta consertada,

Aqui não tem desacato,

E tudo flui normalmente,

Fui me embrenhando no mato,

E limpando a minha mente.

Cordéis em oitavas, é uma construção literária composta por estrofes de oito versos com sete silabas cada um, e obedecendo a um mote em todas as estrofes.

Depois de ja , relaxado

Senti-me bem mais contente

Vendo o correr do riacho

E a natureza crescente

Sem barulho e sem carros

E o bla bla bla desta gente

Fui me enbrenhando no mato

E limpando a minha mente .

Para o texto: FUI ME EMBRENHANDO NO MATO, E LIMPANDO A MINHA MENTE. (T2282189)

Obrigado Nasser por esta eximia interação.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 27/05/2010
Reeditado em 28/05/2010
Código do texto: T2282189