O CANÁRIO PRISIONEIRO

Eu nasci lá no mato

Onde era livre e bem a vontade

Hoje me encontro nesse lugar

Mas não consigo me acostumar

Com esse barulho da cidade.

Um dia inocentemente

E até mesmo por curiosidade

Vi uma diferente alimentação

Fui mais um num assalpão

E que fui vendido na cidade.

Me venderam um pássaro cantador

Prenderam em mim uma argola

Atrás daquela grade eu não pude bater asas

Onde alí naquela casa

Que a chamavam de gaiola.

Estou agora bem distante

Já não alegro mais o meu habitar

Já não canto mais como antes

Não me dou com tantos visitantes

Que chegam pra ouvir meu cantar.

Nunca mais tomei um sol

Só vejo uma claridade diferente

Se essa gaiola eu pudesse abrir

Daqui eu iria fugir

Eu ia voltar urgentemente.

Dimi
Enviado por Dimi em 26/05/2010
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